Shutdown afeta voos e gera preocupação sobre segurança do tráfego aéreo nos EUA

Neste domingo (9), senadores republicanos e democratas dos Estados Unidos alcançaram um acordo a fim de solucionar o shutdown mais longo da história norte-americana.

Depois do acordo, o Senado aprovou uma votação processual por 60 votos contra 40, que estabelece um limite estrito sobre quanto tempo mais os senadores podem discutir a medida legislativa. A medida precisa ser aprovada pela Câmara de Representantes antes de ser apresentada ao presidente Donald Trump, um processo que pode levar dias.

Enquanto o projeto tramita, milhares de passageiros continuam sendo afetados nos aeroportos norte-americanos. Mais de 4.000 voos foram cancelados desde sexta-feira (7), quando a Agência Federal de Aviação começou a restringir a capacidade de voos em 40 grandes aeroportos do país. A paralisação levou à escassez de funcionários, principalmente controladores de voos, levantando preocupações sobre a segurança do tráfego aéreo. A ordem geral foi cortar cerca de 10% das operações.

No final da noite deste domingo (9), um Tribunal Federal de Apelações decidiu que o governo norte-americano não pode reter o financiamento integral de ajuda alimentar. Na semana passada, a Justiça já havia exigido que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos gaste US$ 4 bilhões reservados para outros fins, a fim de garantir que 42 milhões de americanos recebam os benefícios de assistência alimentar este mês.

Em entrevista ao Conexão Record News, o especialista em segurança e estratégia internacional Ricardo Cabral criticou o governo norte-americano pelo impasse que gerou a paralisação: “Eles têm um déficit enorme, gastam quase um trilhão de dólares em defesa [...] mas os Estados Unidos têm mais de 10% da população na pobreza e miséria”.

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