O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi o segundo líder de Estado a discursar na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (19). Biden fez um apelo pela mobilização do mundo para apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia, que começou em fevereiro de 2022. O presidente americano responsabilizou Moscou pela continuidade dos embates na Europa. “Só a Rússia pode acabar com a guerra”, disse Biden. O líder americano argumentou que a invasão do território ucraniano pelas tropas russas é uma violação da Carta da ONU, cujo princípio é o respeito à soberania e à integridade territorial. Biden falou também sobre a necessidade de incluir mais membros no Conselho de Segurança da ONU. "No meu discurso no ano passado, eu me comprometi a aumentar o número de países no Conselho de Segurança. Vamos continuar fazendo a nossa parte para isso", disse Biden. O Brasil é um dos países que buscam uma cadeira ao lado dos membros permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. O meio ambiente foi o primeiro assunto abordado pelo presidente dos EUA. Biden propôs uma mobilização de recursos para infraestrutura e desenvolvimento sustentável e para o combate às mudanças climáticas. "A história não precisa ditar o nosso futuro. Podemos mudar o arco da história. Adversários podem se tornar parceiros", afirmou. O americano pediu um trabalho conjunto das nações para que seja alcançado o progresso. "Nosso futuro está ligado ao de vocês. Nenhuma nação pode enfrentar os desafios de hoje sozinha", disse Biden. Nesta quarta-feira (20), Biden se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se juntará a ele em um evento com representantes do Brasil e dos Estados Unidos. Também na quarta-feira, Biden terá sua primeira reunião cara a cara com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desde que este assumiu o poder em dezembro passado. O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, deve visitar Biden na Casa Branca na quinta-feira (21) e também se reunir com alguns líderes do Congresso.