Soldados como bancos de sangue: entenda tática da 1ª Guerra revivida pelos EUA
Exército retoma transfusão direta de sangue no campo de batalha, praticada na Primeira Guerra, para cenários sem evacuação aérea
Internacional|Do R7
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Exército dos Estados Unidos está retomando uma prática da Primeira Guerra Mundial para salvar soldados feridos em combates: transformar tropas em “bancos de sangue ambulantes”.
A tática, que consiste em realizar transfusões de sangue diretamente de doadores no campo de batalha, foi testada recentemente em um exercício militar na Alemanha, segundo informações do site de notícias Business Insider.
Leia mais
Durante o treinamento, que simulava um cenário de fogo de artilharia inimiga com muitas baixas, soldados norte-americanos do 2º Regimento de Cavalaria e da 1ª Brigada de Aviação de Combate da Divisão Blindada praticaram cuidados prolongados em campo.
Sem superioridade aérea para evacuar feridos ou receber suprimentos, as equipes médicas realizaram transfusões de sangue com doações de soldados pré-triados. A técnica, uma transfusão de doador para paciente, permite fornecer sangue fresco rapidamente, já que ele é armazenado na temperatura ideal no corpo dos doadores.
“Essas fontes orgânicas são pessoas”, disse o Major Cat Kemeny, oficial médico do 4º Regimento do Corpo Aéreo do Exército Britânico. Segundo ele, a prática é eficaz porque o sangue não sofre degradação por tempo ou transporte, possibilitando transfusões imediatas.
Tática centenária
Durante a Primeira Guerra Mundial, quando o transporte de feridos era lento, transfusões diretas eram comuns. Apesar de abandonada por décadas devido a riscos de segurança, avanços em tecnologias de triagem sanguínea tornaram a prática viável novamente.
Recentemente, no exercício alemão, soldados passaram por testes para verificar tipo sanguíneo e doenças antes de doar sangue em tendas médicas, em um processo que levou poucos minutos, segundo o site de notícias.
A retomada dos bancos de sangue ambulantes é uma das preocupações em relação às futuras guerras, onde adversários podem bloquear o espaço aéreo, dificultando evacuações e entregas de suprimentos.
Em 2019, o 17º Corpo Aerotransportado e o Programa de Sangue das Forças Armadas dos EUA já haviam iniciado parcerias para identificar soldados com tipo sanguíneo O, universal, para doações imediatas no campo de batalha.
Outro exemplo recente ocorreu no início de 2024, quando médicos do Exército, em um exercício no Alasca, enfrentaram desafios para realizar transfusões em ambientes frios, como o Ártico, e testaram bancos de sangue ambulantes.
Na Ucrânia, país em guerra com a Rússia há mais de três anos, uma iniciativa dinamarquesa-ucraniana também utiliza civis e soldados como doadores para suprir a escassez de sangue causada pela invasão russa.
Perguntas e Respostas
Qual é a nova prática do Exército dos Estados Unidos para salvar soldados feridos?
O Exército dos Estados Unidos está retomando uma prática da Primeira Guerra Mundial, transformando tropas em "bancos de sangue ambulantes". Essa tática envolve realizar transfusões de sangue diretamente de doadores no campo de batalha.
Como foi testada essa tática recentemente?
A prática foi testada em um exercício militar na Alemanha, onde soldados do 2º Regimento de Cavalaria e da 1ª Brigada de Aviação de Combate da Divisão Blindada simularam um cenário de combate com muitas baixas. Sem a possibilidade de evacuação aérea, as equipes médicas realizaram transfusões de sangue com doações de soldados previamente triados.
Quais são as vantagens da transfusão direta de sangue?
A técnica permite fornecer sangue fresco rapidamente, pois ele é armazenado na temperatura ideal no corpo dos doadores. O Major Cat Kemeny, oficial médico do 4º Regimento do Corpo Aéreo do Exército Britânico, destacou que o sangue não sofre degradação por tempo ou transporte, possibilitando transfusões imediatas.
Por que a prática foi abandonada por décadas?
A prática de transfusões diretas foi abandonada por décadas devido a riscos de segurança. No entanto, avanços em tecnologias de triagem sanguínea tornaram a prática viável novamente.
Como foi o processo de doação de sangue durante o exercício na Alemanha?
No exercício, os soldados passaram por testes para verificar tipo sanguíneo e doenças antes de doar sangue em tendas médicas, em um processo que levou poucos minutos.
Quais são as preocupações em relação às futuras guerras?
A retomada dos bancos de sangue ambulantes é uma preocupação em futuras guerras, onde adversários podem bloquear o espaço aéreo, dificultando evacuações e entregas de suprimentos.
O que foi feito em 2019 em relação a doações de sangue no campo de batalha?
Em 2019, o 17º Corpo Aerotransportado e o Programa de Sangue das Forças Armadas dos EUA iniciaram parcerias para identificar soldados com tipo sanguíneo O, que é universal, para doações imediatas no campo de batalha.
Que desafios foram enfrentados em um exercício no Alasca?
No início de 2024, médicos do Exército enfrentaram desafios para realizar transfusões em ambientes frios, como o Ártico, e testaram bancos de sangue ambulantes.
Como a Ucrânia está lidando com a escassez de sangue em sua guerra com a Rússia?
Na Ucrânia, uma iniciativa dinamarquesa-ucraniana utiliza civis e soldados como doadores para suprir a escassez de sangue causada pela invasão russa.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
