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Talibãs afirmam esperar um bom relacionamento com China

Grupo extremista busca respaldo internacional, após tomar o poder do Afeganistão com a tomada de Cabul, em 15 de agosto

Internacional|Do R7

Talibã assumiu o comando do Afeganistão em 15 de agosto e busca respaldo internacional
Talibã assumiu o comando do Afeganistão em 15 de agosto e busca respaldo internacional

Os talibãs esperam "manter uma relação muito sólida com a China e melhorar o nível de confiança mútua com Pequim", em momento em que o grupo busca respaldo internacional, após tomarem o poder do Afeganistão com a tomada de Cabul, em 15 de agosto.

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"A China é um país muito forte e importante em nossa vizinhança. Tivemos relações muito positivas com eles no passado e queremos fortalecê-los, bem como melhorar o nível de confiança mútua. Esperamos construir um relacionamento muito forte com China", disse Zabiullah Mujahid, principal porta-voz dos talibãs, em entrevista à emissora estatal de televisão chinesa "CGTN".

O representante do grupo ainda afirmou que "a China pode apoiar economicamente o país da Ásia Central e que os talibãs esperam "investimento e exportações chinesas".


"Queremos que eles nos ajudem a desenvolver o Afeganistão. Queremos boas relações com eles", garantiu Mujahid.

Ontem, os talibãs declararam a independência econômica e política afegã, após o fim da retirada das tropas americanas e reforçaram a promessa de formar um governo islâmico "inclusivo".


Além disso, o grupo fez um apelo por apoio internacional para reconstruir a economia afegã, atingida por duas décadas de conflito e fortemente dependente sobre a ajuda externa.

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A China ainda não posicionou sobre o reconhecimento de um governo dos talibãs, mas indicou que o Afeganistão entrou em "um novo ponto de partida" e que espera que os insurgentes formem um governo "islâmico, mas aberto".

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A manifestação sugere que Pequim avaliará o comportamento do grupo antes de respaldá-lo.

"A China manterá uma política amigável para com os afegãos, não se intrometerá em seus assuntos internos e continuará a ajudá-los tanto quanto possível para alcançar a paz e a reconstrução do país", disse Wang Wenbin, porta-voz do regime de Pequim, em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira.

Wang aproveitou a situação para atacar mais uma vez a política externa dos Estados Unidos e denunciar "a morte de pelo menos 47.245 civis afegãos pelas mãos de militares americanos nos últimos 20 anos, algo que deve ser investigado".

Ao ser questionado se a China reconhecerá o Talibã, Wang se limitou a citar o falecido líder chinês Mao Zedong: "O Afeganistão é um país heroico que nunca sucumbiu na história. China e Afeganistão são países amigos. A China não quer prejudicar o Afeganistão, nem o Afeganistão prejudicará a China. Os dois países se apoiam".

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Nos últimos dias, as autoridades chinesas pediram abertamente à comunidade internacional que "entre em contato com os talibãs e os oriente ativamente, observando que a China deseja "desempenhar um papel construtivo" na melhoria da situação do país.

Com isso, a Pequim busca proteger os projetos de investimento na Ásia Central e prevenir a propagação do terrorismo regional, já que tem cerca de 60 quilômetros de fronteira na região noroeste de Xinjiang, que tem maioria étnica uigur e onde diferentes ataques foram registrados nas últimas décadas.

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