Teoria da conspiração diz que ex-líder do grupo Wagner está vivo
Poema deixado na lápide de Yevgeny Prigozhin seria pista de que mercenário forjou morte e estaria em país "não revelado"
Internacional|Do R7
Yevgeny Prigozhin, o ex-líder do grupo mercenário Wagner, mal foi enterrado, em São Petersburgo, e já começaram a surgir teorias conspiratórias de que ele, na verdade, estaria vivo e em um "país não divulgado".
O que fez os conspiracionistas acreditarem nessa hipótese, de acordo com o tabloide britânico The Sun, foi um peculiar presente deixado no suntuoso túmulo de Prigozhin. Entre as fileiras de flores e tributos em sua lápide, um poema emoldurado foi deixado lá, aparentemente repleto de dicas misteriosas.
De acordo com o veículo de comunicação Moskovskij Komsomolets, do Kremlin, que tem autorização para atuar, o poema diz: "Como dou o primeiro passo no limiar, sem entender, sem decidir. Você é meu filho ou Deus? Isto é, morto ou vivo?".
As palavras são um trecho de um poema composto pelo escritor da antiga União Soviética Joseph Brodsky, intitulado Natureza Morta.
Embora muitos tenham sugerido que é apenas uma homenagem sincera, outros acreditam que é mais um indicativo de que Prigozhin não faleceu.
Aqueles que acreditam que o ex-chefe do grupo Wagner está vivo dizem que a obra de Brodsky foi uma escolha interessante, pelo fato de o autor frequentemente entrar em conflito com líderes soviéticos.
Isso ocorre após ressurgir um vídeo no qual Prigozhin teria previsto sua morte de maneira dramática. O ex-líder mercenário comparou a Rússia sob Vladimir Putin com uma aeronave "à beira do desastre" que poderia "desmoronar do céu".
O especialista russo Valery Solovey declarou ousadamente na terça (29) que o funeral pode ter sido uma farsa — ao alegar que "Prigozhin não estava a bordo" do jato condenado. “Seu sósia estava voando em seu lugar — Vladimir Putin está perfeitamente ciente disso”, provocou Solovey.
"Se você confia nas declarações oficiais da administração russa, o que mais posso acrescentar?"
Investigação russa
Apesar de o Kremlin não lançar uma investigação internacional sobre o acidente, um porta-voz disse que a investigação da Rússia considerou a possibilidade de o acidente ter sido causado deliberadamente.
"É óbvio que diferentes versões estão sendo consideradas, incluindo a versão — você sabe do que estamos falando —, digamos, uma atrocidade deliberada”, disse, o porta-voz de Moscou, Dmitry Peskov.
Uma avaliação preliminar da inteligência dos EUA sobre a explosão concluiu que uma explosão intencional causou a queda do avião. Um dos oficiais, que não pôde ser identificado, disse que a explosão estava alinhada com a "longa história de Putin tentando silenciar seus críticos".
Fontes no Telegram disseram que um carregamento de "vinho caro" foi colocado a bordo da aeronave minutos antes da decolagem. Outra afirmação nas redes sociais foi que explosivos foram escondidos na embalagem da bebida.
A comissária de bordo de Prigozhin, Kristina Raspopova, de 39 anos, havia revelado horas antes a seus parentes um misterioso atraso no voo e reparos misteriosos que foram feitos no jato.
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O jato particular do exilado chefe da Wagner pegou fogo a apenas 50 km do suntuoso palácio de Putin em Valdai, no norte da Rússia.
O presidente enviou suas condolências à família de Prigozhin, mas ressaltou que ele cometeu "sérios erros" e teve um "destino difícil".
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