Teorias sobre desaparecimento de ministro chinês vão de problemas de saúde a romance secreto
Qin Gang foi visto em público pela última vez em 25 de junho e, nos últimos dias, teve o cargo ocupado por outro diplomata
Internacional|Do R7, com AFP e EFE
O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, está há mais de um mês sem aparecer em público e sua ausência fez surgir diversas especulações sobre o caso.
A última aparição pública de Qin foi em 25 de junho, quando ele se reuniu na capital chinesa, Pequim, com representantes do Sri Lanka, da Rússia e do Vietnã.
Desde então, o diplomata esteve ausente de vários eventos oficiais, como a reunião da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Indonésia, no início de julho, e compromissos com o chanceler britânico, James Cleverly, e com o alto representante para a política externa da União Europeia, Josep Borrell.
Em um primeiro momento, as autoridades chinesas alegaram "motivos de saúde" para explicar a ausência do ministro. Dias depois, em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministérios das Relações Exteriores chinês foi questionado sobre o paradeiro de Qin e respondeu que não tinha informações sobre esse assunto.
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Um dos rumores que circula na imprensa sobre o desaparecimento aponta um suposto relacionamento com a apresentadora da Phoenix TV, de Hong Kong, Fu Xiaotian, de 40 anos.
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Durante o affair, a jornalista teria engravidado e os dois estariam tentando esconder a criança, já que o ministro é casado e tem um filho.
Os rumores são sustentados por uma foto em que Xiaotian postou em sua conta no Twitter. A publicação mostra um jato particular no qual a jornalista viajou junto com o ministro de Los Angeles para Washington, uma foto dos dois aparentando estar em uma entrevista e a foto dela com a filha Er-Kin.
A teoria vai além do caso extra-conjugal. Especula-se que Xiaotian teria sido recrutada pelos Estados Unidos para ser espiã e que estaria se beneficiando do relacionamento com o chanceler chinês para obter informações sigilosas.
Novo ministro
Qin foi um dos ministros das Relações Exteriores mais jovens da China, desfrutando de uma ascensão meteórica que os analistas atribuíram em parte à sua proximidade com o presidente Xi Jinping.
Ele foi duas vezes porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, entre 2006-2014, e chefe do protocolo de 2014-2018, supervisionando muitos dos contatos de Xi com líderes estrangeiros.
Nos últimos dias, as funções de Qin foram assumidas por Wang Yi, de 69 anos, o máximo responsável hierárquico da diplomacia chinesa, já que ele dirige a política externa do Partido Comunista no poder.
Wang está atualmente na África do Sul para a cúpula do grupo de países emergentes Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O funcionário já havia assumido as funções de ministro das Relações Exteriores de 2013 a 2022.
A China não apresentou uma razão para a saída de Qin do Ministério das Relações Exteriores, mas teria sido uma decisão do próprio Xi.
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