Terremoto no Marrocos: número de mortos sobe para 2.862

Ministério do Interior divulgou que pelo menos 2.562 pessoas ficaram feridas com o tremor que atingiu o país

11/09/2023 - 18h09 (Atualizado em 29/03/2024 - 09h05)

O novo balanço oficial de vítimas do devastador terremoto que atingiu o Marrocos na noite de sexta-feira contabiliza 2.862 mortos até as 19h (horário local; 15h em Brasília) desta segunda-feira (11).

De acordo com uma nota do Ministério do Interior marroquino, 2.562 pessoas ficaram feridas nas diferentes regiões afetadas.

As consequências do tremor provocaram mortes em diversas províncias, mas as mais afetadas são Al Haouz, ao sul de Marrakech e perto do epicentro, com 1.604 mortos, seguida por Taroudant, com 976 óbitos.

Além disso, pela primeira vez, foi registrado um número de mortos na província de Essaouira, segundo dados oficiais.

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Um boletim de alerta sísmico emitido pelo Instituto Nacional de Geofísica (ING) do Marrocos explica que o terremoto, de 7 graus na escala Richter, atingiu a região de Marrakech às 23h11 de sexta-feira (19h11, em Brasília), a uma profundidade de 8 quilômetros, com epicentro em Ighil, situada a cerca de 80 quilômetros da cidade de Marrakech.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o tremor foi de 6,8 graus e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros.

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Neste domingo (10), após a primeira noite completa o desastre, as ruas da cidade amanheceram com moradores enrolados em cobertores, com medo de voltar para casa ou porque a residência desabou

O tremor também deixou ao menos 2.059 feridos, sendo que 1.404 estão nos hospitais em estado muito grave, informou o Ministério do Interior do país no sábado à noite. As cidades marroquinas atingidas pelo tremor amanheceram com pessoas nas ruas

As praças ficaram abarrotadas, como a tradicional Jeema El Fna, em Marrakech

As pessoas que estão nas ruas são habitantes da cidade e não podem voltar para casa porque as construções ruíram ou ameaçam cair

As barracas montadas nas ruas e sobre o chão batido são a alternativa das famílias que perderam tudo na catástrofe natural

Muita gente montou tendas nas ruas, feitas de lençóis, para passar a noite

Sem casa, os habitantes de Amizmiz, no Marrocos, improvisaram uma cozinha no meio do entulho

Quem vive em Marrakech também precisou se virar para circular pela cidade, que está sob entulho por todos os lados. Os bombeiros reviram os escombros atrás de sobreviventes

Os turistas que costumam encher a cidade milenar, criada no século 11, começaram a sair do Marrocos em massa. Há correria aos aeroportos para encontrar voos para deixar o país

A província de Al Hauz, epicentro do abalo sismo, foi a mais atingida e registrou 1.293 mortos, seguida da localidade de Tarudant, com 452 vítimas

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