Tiroteio em jornal de Maryland tem pelo menos cinco mortos
Atentado ocorreu dentro da redação do jornal Capital Gazette, em Annapolis, no estado de Maryland. Suspeito está sob custódia da polícia
Internacional|Cristina Charão e Fábio Fleury, do R7
Um homem foi preso após abrir fogo na sede do jornal Capital Gazette na cidade de Annapolis, em Maryland (EUA) na tarde desta quinta-feira (28). Segundo a imprensa norte-americana, pelo menos cinco pessoas foram mortas no tiroteio.
A polícia evacuou o prédio e confirmou apenas um atirador, que já está sendo interrogado. O suspeito é um homem branco, que ainda não teve a identidade divulgada. A primeira suspeita é que ele teria usado uma escopeta.
O tenente Ryan Frashure, da polícia do condado de Arundel, onde está localizada a cidade de Annapolis, afirmou que pelo menos três pessoas estão em estado grave, mas não deu o número total de feridos.
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A polícia afirma que, entre os primeiros tiros e a chegada dos primeiros policiais ao local, se passaram menos de dois minutos. Eles encontraram o atirador escondido debaixo de uma mesa e ele se rendeu sem disparar nenhum tiro contra os policiais.
"Se eles (policiais) não tivessem chegado tão rápido, as coisas poderiam ter sido muito piores", afirmou o prefeito de Annapolis, Gavin Buckley, em uma entrevista coletiva.
De acordo com a rede de TV CNN, algumas pessoas foram baleadas dentro da redação do jornal. Quatro das vítimas morreram no local e a quinta, uma mulher, foi levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Os policiais também foram para a sede do jornal The Baltimore Sun, proprietário do Gazette, por precaução, mas nenhum ataque ocorreu no local.
O presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado do tiroteio e uma porta-voz da Casa Branca disse que no governo "todos estão rezando pelas vítimas da tragédia".
Tiroteio registrado pelos funcionários do jornal
O estagiário do jorgal Capital Gazette, Anthony Messenger, publicou no Twitter enquanto o tiroteio acontecia, pedindo socorro.
O repórter do Capital Gazette, Phil Davis, também registrou o tiroteio na rede social logo após deixar a redação do jornal. Na primeira publicação, ele diz: "Um único atirador disparou contra diversas pessoas no meu escritório, algumas delas morreram."
Em seguida, ele registra: "O atirador disparou no vidro da redação e atirou contra vários funcionários. Não posso dizer muito mais e não quero declarar ninguém como morto, mas está ruim."
Davis, que é repórter policial, ainda conta como está assustado: "Não tem nada mais assustador do que ouvir várias pessoas sendo baleadas enquanto você está escondido debaixo da sua mesa e então você ouve o atirador recarregando a arma."
Em entrevista do lado de fora do jornal, o jornalista disse que sua experiência cobrindo a violência na região não diminuiu o medo que sentiu dentro da redação nesta quinta.
"Sou um repórter policial. Escrevo sobre essas coisas, não necessariamente desse tamanho, mas tiroteios e mortes, o tempo todo. Mas por mais que eu tente descrever como é traumatizante ficar escondido debaixo de sua mesa, você não sabe como é até você estar lá e se sentir completamente indefeso. Não sei porque ele parou de atirar", contou.