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Tribunal da Venezuela decreta prisão de Leopoldo López

O oposicionista deixou a prisão domiciliar na última terça-feira (30) e atualmente está refugiado na Embaixada da Espanha, ao lado de sua família

Internacional|Da EFE

López está na Embaixada da Espanha em Caracas
López está na Embaixada da Espanha em Caracas

Um tribunal de Caracas emitiu nesta quinta-feira (2) uma ordem de prisão contra o opositor venezuelano Leopoldo López, que está hospedado na residência do embaixador da Espanha, Jesús Silva, desde que fugiu da prisão domiciliar, na última terça.

López, que apoiou naquele dia uma fracassada tentativa de levante militar contra o governo de Nicolás Maduro, teve revogada a medida de prisão domiciliar que cumpria "por violá-la flagrantemente", segundo uma nota de imprensa divulgada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

A alta corte afirma que o opositor, preso desde 2014 e sentenciado a quase 14 anos, também violou "a medida referente à condição relativa a pronunciamentos políticos por meios (de comunicação) convencionais e não convencionais, nacionais e internacionais, demonstrando com isso a não sujeição às medidas".

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O tribunal ordena ainda que López continue cumprindo sua pena — da qual já cumpriu cinco anos, dois meses e 12 dias — na prisão militar de Ramo Verde, onde esteve recluso até meados de 2017.


A casa de López foi invadida e roubada hoje por vários sujeitos que diversas testemunhas identificaram como membros do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), órgão ligado ao chavismo.

"Foi o Sebin, o Sebin mau, porque há agentes patriotas que querem a liberdade da Venezuela", disse em entrevista à Agência Efe Lilian Tintori, esposa do opositor, pouco depois de entrar no imóvel para verificar os danos.


Tintori e López estão nesse momento na residência do embaixador da Espanha em Caracas, onde foram amparados, embora não tenham solicitado asilo político.

López foi libertado da prisão domiciliar na terça-feira por um grupo de militares e funcionários do Sebin que tinham se unido ao líder do parlamento, Juan Guaidó, reconhecido por 54 países como presidente interino.

Ao lado de Guaidó, López participou de uma tentativa de levante militar junto a cerca de 40 militares que se dirigiram à base aérea de La Carlota, o que voltou a acender o pavio das manifestações opositoras na Venezuela.

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