Trump diz que Putin não quer intervir na Venezuela
Presidente dos EUA se reuniu com líder russo em reunião na Finlândia e disse que ambos têm procuram uma "solução positiva" para a crise no país
Internacional|Da EFE
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (3) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não quer intervir na Venezuela e que ambos têm o desejo de encontrar uma "solução positiva" para a crise no país sul-americano.
"Ele (Putin) não está pensando de aforma alguma em se envolver na Venezuela, além de querer ver acontecer algo positivo na Venezuela, e eu sinto o mesmo", afirmou Trump a jornalistas na Casa Branca, pouco depois de conversar por telefone com o líder russo.
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As declarações de Trump mostram um forte contraste com a postura manifestada até agora pela Casa Branca e o Departamento de Estado, que responsabilizaram Rússia e Cuba pela permanência do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no poder.
"Foi uma conversa muito positiva a que tive com o presidente Putin sobre a Venezuela", disse Trump.
No país, "atualmente as pessoas estão morrendo de fome, não têm água e não têm comida", acrescentou o presidente americano, que falou com a imprensa após receber no Salão Oval o primeiro-ministro da Eslováquia, Peter Pellegrini.
Trump fez essas declarações três horas depois de o assessor de segurança nacional, John Bolton, afirmar que "Maduro só está se mantendo no poder devido ao apoio de Rússia e Cuba, as únicas forças militares estrangeiras na Venezuela".
"Os Estados Unidos não tolerarão nenhuma interferência militar estrangeira no continente americano. O presidente americano deixou claro que haverá custos para aqueles que promoverem a usurpação e repressão por parte de Maduro", escreveu Bolton no Twitter.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, chegou a afirmar na última terça-feira que Maduro esteve prestes a deixar a Venezuela, de avião, naquele dia, mas que a Rússia o convenceu a não fazê-lo.
Na quarta-feira, Pompeo teve uma tensa conversa por telefone com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, na qual ambos se acusaram de dar passos "agressivos" ou "desestabilizadores" na Venezuela.