Ucrânia diz ter abatido 21 dos 49 drones lançados pela Rússia

Governo também afirmou que Moscou disparou seis mísseis guiados contra a cidade de Kharkiv, no nordeste

31/12/2023 - 08h07 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h33)

A Ucrânia afirmou, neste domingo (31), que derrubou 21 dos 49 drones, de fabricação iraniana, lançados pela Rússia durante a noite e alegou que Moscou também disparou seis mísseis guiados contra a cidade de Kharkiv, no nordeste.

A ofensiva russa ocorreu um dia após o ataque contra a cidade de Belgorod, na Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia. Ambos os lados se acusaram mutuamente de bombardear áreas civis na região fronteiriça neste fim de semana.

A Força Aérea da Ucrânia afirmou, em um comunicado divulgado no Telegram, que os drones foram especialmente lançados em direção à "linha defensiva da frente, bem como em instalações civis, militares e de infraestrutura nos territórios da linha de frente".

Por sua vez, o Ministério da Defesa russo afirmou que suas forças atacaram "centros de decisão e instalações militares" em Kharkiv "em resposta" à agressão contra Belgorod, que classificou como um "ato terrorista".

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A Força Aérea ucraniana não especificou se os seis mísseis guiados atingiram seus alvos.

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Oleg Sinegubov, chefe da administração militar de Kharkiv, afirmou que 28 civis ficaram feridos no ataque à cidade, incluindo dois adolescentes e um estrangeiro.

Esse ataque ocorre um dia após a ofensiva atribuída à Ucrânia que, segundo o governador local, causou a morte de 22 pessoas e feriu outras 109 no sábado (30) em Belgorod, cidade russa localizada a cerca de 80 km ao norte de Kharkiv e a 30 km da fronteira com a Ucrânia.

Incêndios, enchentes e furacões: veja os desastres naturais mais catastróficos de 2023

As mudanças climáticas têm potencializado eventos extremos no mundo todo. Segundo um estudo realizado por cientistas da UE (União Europeia), publicado em 6 de dezembro, 2023 será o ano mais quente da história. O período foi marcado por eventos climáticos extremos, como incêndios florestais, tempestades e furacões. Veja a seguir os desastres naturais mais catastróficos que ocorreram nos últimos 12 meses

Em meados de agosto, um incêndio florestal de grandes proporções atingiu o estado americano do Havaí, em especial o condado de Lahaina (foto), que ficou devastado pelas chamas. Cerca de cem pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas. As chamas queimaram o equivalente a 800 campos de futebol no condado e obrigaram milhares de pessoas a deixar suas casas

Um pouco antes, em junho, outro incêndio florestal devastou o Canadá de leste a oeste. Cerca de 490 focos de incêndio foram registrados no país, mais da metade deles considerada fora de controle. Segundo as autoridades, mais de 500 pessoas podem ter morrido em decorrência da forte onda de calor que atingiu o território canadense. Dezenas de milhares de moradores se viram obrigados a deixar suas casas

No fim de agosto, tempestades devastaram o Paquistão e deixaram mais de 1.200 mortos no país. Segundo a Autoridade Provincial e Nacional para Gerenciamento de Desastre (PDMA e NDMA, nas siglas em inglês), 10 milhões de paquistaneses ficaram desabrigados. Cerca de 1 milhão de casas foram varridas pelas chuvas, que fizeram o nível dos rios subir a patamares históricos

Em meados de setembro, inundações provocadas pela tempestade Daniel deixaram mais de 2.000 mortos, 7.000 feridos e 10 mil desaparecidos no leste da Líbia. A cidade de Derna foi uma das regiões mais afetadas. O fenômeno também causou danos materiais significativos a infraestruturas e a propriedades privadas

Também em setembro, outro terremoto devastador, de magnitude 6,8, atingiu o Marrocos e deixou mais de 2.800 mortos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 300 mil pessoas foram afetadas pelo desastre. Imagens aéreas mostraram grandes danos e devastação depois que o fenômeno acometeu o país

O presidente seguiu para o local por via terrestre na tarde desta quarta-feira. A viagem sofreu atrasos devido aos deslizamentos e danos em várias estradas, mas ele chegou a Acapulco antes do anoitecer, informou o governo do estado de Guerrero. A interrupção das telecomunicações dificultava o trabalho dos jornalistas, com poucos meios de alcance nacional com capacidade de transmitir informações a partir da área do desastre

Também em outubro, um terremoto de magnitude 6,3 abalou a região de Herat, no oeste do Afeganistão, e deixou mais de 2.500 mortos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), centenas de casas foram destruídas ou parcialmente danificadas em pelo menos 12 aldeias da província de Herat. Mais de 4.000 pessoas foram afetadas de uma forma ou de outra pelo fenômeno, de acordo com a mesma fonte

No início de dezembro, deslizamentos de terra deixaram mais de 60 mortos na Tanzânia, país na África Oriental. As fortes chuvas afetaram a cidade de Katesh, a 300 km do norte da capital, destruíram casas e arrastaram veículos. Imagens transmitidas pela televisão mostraram destroços de casas e móveis no meio das ruas

Em meados de agosto, o sudoeste dos Estados Unidos, especialmente a Califórnia, foi atingido por violentas inundações causadas pelo furacão Hilary. O fenômeno chegou à categoria 4 na Saffir-Simpson, provocando destruição de grandes proporções. Três pescadores morreram após serem atingidos pelos fortes ventos e chuvas

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