UE anuncia sanções aos 7 envolvidos em morte de militar na Venezuela
Entidade lembrou, entretanto, que medidas 'não afetam a população' e podem ser revertidas se houver progresso em restauração da democracia
Internacional|Da EFE
A UE (União Europeia) anunciou nesta sexta-feira (27) sua decisão de sancionar sete membros das forças de segurança e inteligência da Venezuela por considerar que estão envolvidos em "torturas e outras graves violações dos direitos humanos", entre elas a morte do capitão Rafael Acosta Arévalo.
A UE confirmou o acordo político alcançado na última quarta-feira (25) para expandir a lista de sanções em relação com a crise que atravessa a Venezuela.
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Quatro das novas sanções "estão relacionadas" com o falecimento de Acosta Arévalo quando estava detido e sob custódia do governo de Nicolás Maduro, indicou o Conselho da UE.
"A UE confirma sua disposição de trabalhar em medidas mais seletivas para promover uma transição negociada", indicou em paralelo a alta representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, em uma declaração em nome dos Vinte e Oito.
Ela se referiu ao pedido pela UE à Venezuela de uma transição que leve a eleições presidenciais "transparentes e controladas internacionalmente", além de um "restabelecimento de poderes públicos e um pacote de garantias que permitam a coexistência política", elementos que Mogherini considerava "essencial para superar a crise".
Federica Mogherini lembrou que este tipo de sanções seletivas, que atualmente afetam 25 pessoas no total, impedidas de viajar para a UE e que têm seus bens congelados em solo europeu, "não afetam a população e podem ser revertidas se houver progresso em direção à restauração da democracia, do Estado de direito e dos direitos humanos na Venezuela".
Na sua declaração de hoje, a UE lembra que o relatório da alta comissária da Organização da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, "confirma clara e detalhadamente a extensão e gravidade das violações dos direitos humanos, a deterioração da Estado de Direito e o desmantelamento de instituições democráticas no país".
"Esta grave situação não pode ser ignorada", ressaltou Mogherini, também enfatizando que "o impacto regional da crise é sem precedentes" e apresenta "sérios riscos à estabilidade" da região.