UE cobra governo talibã com diversidade no Afeganistão
Grupo divulgou nome de membros de novo governo, sem incluir mulheres, quebrando promessa feita ao bloco europeu
Internacional|Do R7
A União Europeia (UE) está cobrando que os talibãs formem um governo que tenha marcas de diversidade e inclusão no Afeganistão, segundo afirmou nesta quarta-feira (8) um porta-voz do bloco comunitário à Agência Efe.
Ontem, foram divulgados alguns dos ocupantes de cargos considerados chave para dirigir o país asiático, sem a presença de mulheres e com todos os membros sendo pertencentes ao grupo fundamentalista.
"Após a análise inicial dos nomes anunciados, não parece que a formação inclusiva e representativa, em termos da rica diversidade étnica e religiosa do Afeganistão, que esperávamos ver e que os talibãs prometeram na semana passada", afirmou a fonte.
A UE, segundo o porta-voz, espera que um "futuro governo de transição" tenha essas marcas que foram anteriormente prometidas, inclusive, por ter sido um dos requisitos que os ministros de Relações Exteriores dos 27 países do bloco impuseram aos talibãs na semana passada para iniciar um diálogo.
Ontem, foi anunciado que o mulá Hassan Akhund, um dos fundadores do grupo fundamentalista, se tornará o novo presidente do Afeganistão, com o mulá Abdul Ghani Baradar como braço direito, ocupando a chefia do gabinete de ministros.
A UE, além da formação do governo, espera que os talibãs permitam as evacuações dos europeus e afegãos que não conseguiram deixar o território do país asiático no no fim de agosto, que sejam respeitados os direitos humanos, principalmente, das mulheres, assim como a liberdade de imprensa e o acesso à ajuda humanitária.