UE pede desescalada na tensão entre Rússia e Ucrânia em fronteira
Chefe da diplomacia do bloco pede que Rússia deve cessar reforço militar, que já conta com 150 mil soldados
Internacional|Da AFP
A concentração de tropas ordenadas pela Rússia na fronteira com a Ucrânia e na Crimeia é a "maior registada" nessa região e ascende a cerca de 150 mil soldados, denunciou nesta segunda-feira (19) o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.
De acordo com Borrell, com tal implantação militar "o risco de uma nova escalada é evidente".
Os chanceleres dos 27 países da União Europeia iniciaram uma reunião por videoconferência para discutir a dramática escalada das tensões entre a Ucrânia e a Rússia.
"Este reforço militar deve cessar e pedimos à Rússia que inicie uma desescalada", disse o chefe da diplomacia europeia.
Durante o dia, os chanceleres europeus discutiram o dramático agravamento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia, e em determinado momento acrescentaram o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, à videoconferência.
O ucraniano chegou a apresentar no Twitter um plano para convencer a Rússia a interromper a escalada das tensões.
Para Kuleba, "o elemento-chave é a preparação de uma nova série de sanções setoriais. As sanções individuais não são mais suficientes".
Em seus comentários, no entanto, Borrell jogou um balde de água gelada na reivindicação de Kuleba por sanções generalizadas da UE contra Moscou neste momento.
"Não estamos rumando para novas sanções por enquanto. Não é o que está surgindo" no horizonte, disse ele.
Em vez disso, reforçou o apoio às autoridades ucranianas.
"Parabenizamos a Ucrânia por sua contenção e defendemos a soberania e integridade de seu território. A UE não reconhecerá a anexação da Crimeia pela Rússia", disse ele.