Última pesquisa aponta vantagem mínima de Merkel sobre oposição

Berlim, 13 set (EFE).- A última pesquisa da televisão pública alemã "ZDF" perante as eleições gerais de 22 de setembro aponta para uma vantagem mínima da coalizão da chanceler Angela Merkel frente a um hipotético bloco opositor integrado por social-democratas, Verdes e a Esquerda. De acordo com o Politbarometer, considerado o barômetro mais confiável do país, a União Democrata-Cristã de Merkel e a União Social-Cristã da Baviera (CDU/CSU) obteriam 40%, uma baixa de um ponto com relação na semana anterior. Seus parceiros de coalizão, o Partido Liberal, segue com 6%, e caso se repita essa aliança, a aliança somaria 46% e teria provavelmente uma estreita maioria parlamentar. O Partido Social-Democrata (SPD) do aspirante Peer Steinbrück fica com 26%, enquanto seus parceiros naturais, os Verdes, sobem um ponto até se situar em 11%. A Esquerda deve ter 8%, o que colocaria o bloco opositor com 45%. A possibilidade de uma aliança com essa formação esquerdista, aglutinante da dissidência do SPD e do pós-comunismo do leste, foi reiteradamente descartada para um Governo federal tanto por Steinbrück como pela cúpula social-democrata. A pesquisa não dá opções de cadeiras aos eurocéticos da Alternativa para a Alemanha, que sobem um ponto e ficam com 4%, nem ao partido dos Piratas, com 3%, já que o mínimo para obter representação parlamentar é 5%. Trata-se do último Politbarometer até o pleito do dia 22, já que na próxima semana a pesquisa não será divulgada. Com estes dados, à medida que se aproximam as eleições, a possibilidade de uma reedição da grande coalizão com os social-democratas, de acordo com o modelo com que Merkel governou em sua primeira legislatura, vai tomando força. Segundo a edição digital de "Der Spiegel", Steinbrück está tateando a possibilidade de dirigir negociações nessa direção, caso as fileiras de Merkel não obtenham a maioria, assim como o SPD com os Verdes. No entanto, o candidato não estaria disposto a fazer parte de um Governo liderado por Merkel, após ter sido seu ministro das Finanças nessa primeira grande coalizão, e agora seu rival na luta pela Chancelaria. EFE gc/ff