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Último morador de 'rua mais solitária da Grã-Bretanha' não quer se mudar

Bancário é o único ocupante de um bloco de 128 apartamentos e recebeu uma oferta de mais de R$ 210 mil para sair do local

Internacional|Maria Cunha*, do R7

Blocos residenciais e outras casas em Stanhope Place estão vazios e fechados com tábuas
Blocos residenciais e outras casas em Stanhope Place estão vazios e fechados com tábuas

O bancário aposentado Nick Wisniewski, de 66 anos, é a última pessoa que vive na "rua mais solitária da Grã-Bretanha". 

Wisniewski é o único ocupante de um bloco de 128 apartamentos depois que o último dos cerca de 200 moradores se mudou, em dezembro. “É como uma cidade fantasma agora. É tão quieto e estranho ser a única pessoa morando aqui. Pode ficar solitário, não tem com quem falar", disse ele ao jornal britânico Independent. 

Os oito blocos residenciais e outras casas em Stanhope Place estão todos programados para demolição, o que fez com que a área, antes movimentada, ficasse abandonada, coberta de vegetação e com propriedades vazias e fechadas com tábuas.

Em razão disso, o Conselho de North Lanarkshire ofereceu ao bancário 35 mil libras esterlinas (cerca de R$ 215 mil) pela casa e mais dois anos de aluguel em uma casa geminada se ele se mudar.


Mas, na opinião do aposentado, a oferta do conselho não seria suficiente para comprar uma casa em outro lugar e ele está velho demais para obter uma hipoteca. “Tenho medo de não saber onde vou acabar morando. Eu não trabalhei toda a minha vida para ter minha casa tirada de mim."

Além disso, ele explica que, depois que as pessoas se mudaram, as residências ficaram abandonadas, o que o preocupa e irrita. 


“Não há segurança, e as pessoas podem entrar nos apartamentos vazios. Muitas janelas foram quebradas. A grama está muito alta, é ridículo. Acho que o conselho está deixando isso de lado para me irritar ou na esperança de eu me cansar e sair", contou o bancário. 

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Um porta-voz do Conselho de North Lanarkshire disse entender perfeitamente que essa é uma questão delicada e que eles estão trabalhando em estreita colaboração com o residente.


“Não seria apropriado discutir os detalhes financeiros específicos, mas estamos trabalhando de acordo com nossas políticas para garantir que o residente receba um acordo justo e apoiá-lo para que ele encontre uma acomodação alternativa adequada.” 

*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques

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