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União Europeia diz a Boris Johnson que não mudará termos do Brexit

Bloco se prepara para uma saída do Reino Unido sem acordo ou uma nova prorrogação ao Brexit caso premiê eleito siga promessas de campanha

Internacional|Do R7

Boris Johnson foi eleito primeiro-ministro do Reino Unido
Boris Johnson foi eleito primeiro-ministro do Reino Unido

A União Europeia parabenizou nesta terça-feira (23) o próximo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, mas reiterou que não vai acatar as promessas eleitorais do líder conservador de renegociar o Brexit.

A Comissão Europeia está disposta a trabalhar com Johnson, segundo uma porta-voz, mas os limites são claros.

"Estamos ansiosos para trabalhar construtivamente com o primeiro-ministro Johnson quando ele tomar posse para facilitar a ratificação do acordo de retirada e alcançar um Brexit organizado', disse o negociador do bloco, Michel Barnier.

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"Também estamos prontos para reformular a declaração acordada em função da nova parceria", acrescentou, ao referir-se à declaração política que acompanha o acordo legal de separação.


Minutos antes de a vitória de Johnson ser anunciada, o vice-presidente da Comissão, Frans Timmermans, disse que a UE não concordaria com mudanças no acordo que havia selado com a premiê Theresa May. Esse acordo foi rejeitado três vezes pelo Parlamento britânico.

"O Reino Unido chegou a um acordo com a União Europeia, e a União Europeia vai se ater a esse acordo", afirmou Timmermans em uma coletiva de imprensa. "Esse é o melhor acordo possível".


Timmermans acrescentou que a UE manteria o encaminhamento do Brexit e que "o caráter ou a personalidade ou a atitude" peculiares de Johnson não fariam diferença.

A UE se prepara para um cenário sem acordo ou uma nova prorrogação ao Brexit caso Johnson siga suas promessas.


"Vamos ouvir o que o novo premiê tem a dizer quando vier a Bruxelas", disse Timmermans, mas advertiu sobre o cenário mais prejudicial: o Reino Unido deixar o bloco sem um acordo para administrar as consequências.

Johnson prometeu efetivar o Brexit até 31 de outubro, com ou sem acordo.

Para Timmermans, a ausência de um acordo "seria uma tragédia, para todas as partes, não apenas para o Reino Unido". "Todos vamos sofrer se isso acontecer".

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