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Universidade peruana conclui que presidente não cometeu plágio em tese

Pedro Castillo e sua esposa, Lilia Paredes, foram acusados por uma TV do país de terem copiado mais de 54% do trabalho de terceiros

Internacional|Do R7

Pedro Castillo está no poder há menos de um ano e já sofre com instabilidade política
Pedro Castillo está no poder há menos de um ano e já sofre com instabilidade política

A Universidade César Vallejo, do Peru, anunciou nesta quinta-feira (12) que uma comissão de investigação concluiu que a tese do presidente peruano, Pedro Castillo, e de sua mulher é original, e não plagiada, como havia denunciado um programa de TV.

"A comissão conclui que a tese contém uma contribuição de originalidade", disse o vice-reitor de Pesquisa, Jorge Salas, em entrevista coletiva com outros diretores da universidade privada. Por esse motivo, a instituição não irá retirar do casal presidencial o grau acadêmico de mestrado obtido com a tese conjunta há uma década, acrescentou.

A universidade havia anunciado em 3 de maio a abertura de uma investigação, após a denúncia do programa Panorama, do canal Panamericana, que alegava que Castillo e a mulher, Lilia Paredes, haviam plagiado 54% de sua tese em 2011.

O presidente de esquerda negou em 4 de maio ter plagiado a tese, mas, no dia seguinte, o Ministério Público abriu uma investigação de ofício contra ele e a mulher.


O presidente peruano, de 52 anos, está no poder há nove meses e enfrenta uma oposição ferrenha e críticas frequentes de líderes da direita radical, que promoveram duas moções de "vacância presidencial" (destituição) contra ele.

As moções de "vacância" se tornaram rotina no Peru e causaram a queda dos mandatários Pedro Pablo Kuczynski, em 2018, e Martín Vizcarra, em 2020, o que mantém o país em uma instabilidade constante.

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