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Presidente do Peru nega plágio em dissertação de mestrado

Universidade César Vallejo investiga o caso após denúncia feita por um programa da TV peruana

Internacional|Do R7

Presidente do Peru, Pedro Castillo
Presidente do Peru, Pedro Castillo

O presidente do Peru, Pedro Castillo, negou, nesta quarta-feira (4), que tenha plagiado, junto com a esposa, sua dissertação de mestrado, depois que a universidade em que ambos se graduaram abriu uma investigação após a denúncia de um programa de televisão.

"Rejeito as imputações mal-intencionadas [...] sobre a veracidade da dissertação de mestrado que fiz há mais de dez anos na Universidade César Vallejo e que, com base em um software, afirmam que eu fiz uma cópia", assinalou o presidente peruano em comunicado.

A universidade, que é privada, anunciou nesta terça-feira (3) a abertura de uma investigação após a denúncia do programa dominical Panorama, da emissora Panamericana, que assegurou que Castillo e sua esposa, Lilia Paredes, tinham plagiado 54% da dissertação que realizaram em conjunto, em 2011.

"O documento da dissertação apresentado pelo programa jornalístico carece de legitimidade. Esta denúncia é de tom político e é parte de um plano de desestabilização", afirmou Castillo em comunicado da Presidência.


O presidente e sua esposa, ambos professores, obtiveram com a dissertação o grau de Mestre em Educação, com menção em Psicologia Educativa.

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No total, o documento tem 121 páginas e, segundo o programa que realizou a denúncia, "o marco teórico é composto de 26 páginas, e as 26 foram copiadas". 


Por sua vez, a Universidade César Vallejo disse que o seu Conselho decidiu "designar uma comissão para avaliar o trabalho de pesquisa".

O presidente peruano, de 52 anos, está no poder há nove meses e enfrenta uma oposição ferrenha e críticas frequentes de líderes da direita radical, que promoveram duas moções de "vacância presidencial" (destituição) contra ele.

As moções de "vacância" se tornaram rotina no Peru e causaram a queda dos mandatários Pedro Pablo Kuczynski, em 2018, e Martín Vizcarra, em 2020, o que mantém o país em uma instabilidade constante.

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