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Veja como funciona bomba chinesa que pode destruir usinas de energia inimigas

Emissora estatal revela arma que dispersa filamentos de carbono para causar blecautes em áreas de até 10 mil metros quadrados

Internacional|Do R7

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Bomba chinesa pode causar blecautes em áreas de até 10 mil metros quadrados Reprodução/CCTV

A CCTV, emissora estatal da China, divulgou na última quinta-feira (26) um vídeo que mostra uma bomba que pode ser capaz de interromper completamente o fornecimento de energia elétrica em áreas estratégicas inimigas.

O armamento, descrito pelo jornal South China Morning Post como uma bomba de grafite, teria o poder de causar blecautes em usinas e subestações elétricas, impactando sistemas de comando e controle.


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As imagens mostram a arma sendo lançada de um veículo terrestre. Ao atingir o alvo, o míssil ejeta 90 submunições em formato de cilindro, que ricocheteiam no impacto e explodem no ar.

Essas submunições liberam filamentos finos de carbono tratados quimicamente, projetados para provocar curtos-circuitos em infraestruturas de alta tensão, como redes elétricas de usinas e subestações militares.


Com um alcance de 290 km e uma ogiva de 490 kg, a arma pode cobrir uma área de pelo menos 10 mil metros quadrados, causando interrupções generalizadas no fornecimento de energia.

A CCTV não forneceu detalhes sobre a designação oficial da arma ou de seu estágio de desenvolvimento. Também não está claro se ela já foi incorporada pelo Exército de Libertação Popular (ELP).


Estratégia militar e impacto

Embora a emissora chinesa não tenha classificado explicitamente a arma como uma bomba de grafite, as características da arma são muito semelhantes a esse tipo de munição.

As bombas de grafite são armas não letais projetadas para desativar infraestruturas elétricas, como usinas e subestações, sem causar destruição física em larga escala. Elas são usadas em conflitos militares para provocar blecautes e paralisar sistemas de comando, controle e comunicação do inimigo.


Analistas citados pelo Morning Post dizem que essas armas representam uma mudança nas estratégias modernas de conflito, que priorizam a paralisação de sistemas operacionais, como redes de comando, controle e comunicações, em vez da destruição direta de tropas.

Uma variante anterior à nova arma, com cerca de metade do peso da ogiva atual e menor área de cobertura, já estava a serviço dos militares chineses, de acordo com o jornal.

Uso em conflitos internacionais

As bombas de grafite não são exclusividade da China. Os Estados Unidos já utilizaram armas semelhantes em conflitos passados.

Durante a Guerra do Iraque, mísseis de cruzeiro Tomahawk equipados com ogivas de grafite BLU-114/B desativaram 85% da rede elétrica nacional, comprometendo o comando militar, a defesa aérea e instituições governamentais.

No conflito do Kosovo, caças furtivos F-117 lançaram bombas CBU-102 com ogivas BLU-114/B, paralisando 70% da infraestrutura elétrica da Sérvia, o que pressionou Belgrado a aceitar as exigências da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

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