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Venezuela acusa EUA de sabotar eleições com novas sanções

EUA acusou governo Maduro de lucrar com narcotráfico, aumentando a pressão sobre as eleições presidenciais que acontecem em meio à crise 

Internacional|Nayara Fernandes, Do R7, com Reuters

Encerramento da campanha de Nicolás Maduro na Venezuela
Encerramento da campanha de Nicolás Maduro na Venezuela

A Venezuela acusou os Estados Unidos de aplicarem novas sanções contra as autoridades de seu governo para sabotar a eleição presidencial, que ocorre neste domingo (20)

As eleições acontecem em meio à crise econômica e um boicote às urnas  promovido pela oposição do governo Maduro, que denuncia seu caráter anti-democrático e acredita que o resultado das urnas será manipulado.

Na última sexta-feira (19), os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre o governo do presidente Nicolás Maduro, acusando-o de lucrar com as remessas de narcóticos ilegais e impondo sanções contra o segundo funcionário do Partido Socialista, Diosdado Cabello.

O governo norte-americano já impôs medidas contra a Venezuela por abusos contra os direitos humanos e a responsabilizou pelas atuais crises econômicas e políticas. No entanto, foi a primeira vez que Washington ligou o governo Maduro ao tráfico de drogas publicamente.


Em um comunicado, Maduro chamou as sanções de "uma campanha sistemática de agressão" pelo governo do presidente Donald Trump e disse que os Estados Unidos não tinham base legal para as medidas.

"Não é de surpreender que, na véspera de uma nova votação, quando o povo venezuelano venha defender sua democracia contra as agressões imperialistas que a tentam descarrilar, mais uma vez o regime dos EUA tenta sabotar as eleições", afirmou.


Eleições controversas

Maduro enfrentará o candidato da oposição Henri Falcon, que está quebrando o boicote da coalizão oposicionista, que acusa o governo de manipular as eleições para garantir que Maduro ganhe um segundo mandato.


No último sábado (19), o partido de oposição Voluntad Popular reiterou seu pedido para que os venezuelanos boicotassem a eleição e a descreveu como uma "fraude eleitoral que busca validar a ditadura na Venezuela e no mundo".

Maduro insiste que a eleição será livre e justa, e acusa a oposição de se recusar a participar porque sabe que não pode vencer. No entanto, seu governo foi forçado a recorrer a observadores de países aliados para monitorar as votações. A ONU foi convidada a enviar assistência, mas rejeitou o pedido porque acredita o país não possui condições para garantir um processo democrático.

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