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Venezuela: EUA pedem reunião do Conselho de Segurança da ONU

O pedido dos EUA chega depois que o governo de Nicolás Maduro bloqueou no sábado a entrada de ajuda humanitária organizada pela oposição

Internacional|Da EFE

Pence está reunido com o Grupo de Lima
Pence está reunido com o Grupo de Lima

Os Estados Unidos solicitaram nesta segunda-feira (25) uma reunião sobre a Venezuela para amanhã no Conselho de Segurança da ONU, segundo informaram fontes diplomáticas.

A solicitação americana busca uma sessão aberta do Conselho de Segurança, que abordou pela última vez a situação no país latino-americano no último dia 26 de janeiro.

O pedido dos EUA chega depois que o governo de Nicolás Maduro bloqueou no sábado a entrada de ajuda humanitária organizada pela oposição com o apoio de Estados Unidos, Brasil e outros países.

A situação está sendo analisada nesta segunda-feira (25) em Bogotá em uma reunião do Grupo de Lima, na qual participa, entre outros, o vice-presidente americano Mike Pence.


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Segundo uma fonte diplomática, não está claro ainda quem representaria os Estados Unidos na sessão do Conselho de Segurança, cujo horário e detalhes ainda deve ser definido pela presidência rotativa do órgão, que este mês é ocupada por Guiné Equatorial.

Como parte de sua ofensiva diplomática contra Maduro, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, esteve na semana passada nas Nações Unidas para se reunir com o secretário-geral da organização, o português António Guterres.


Por sua vez, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, fez o mesmo na sexta-feira passada e continuava hoje em Nova York, mas é esperado amanhã em Genebra, na Suíça, para participar do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Em Nova York, a delegação americana circulou há algumas semanas uma minuta de resolução entre os outros integrantes do Conselho de Segurança com a qual busca dar apoio à Assembleia Nacional (parlamento), que é controlada pela oposição, como "a única instituição eleita democraticamente na Venezuela".


O texto, ao qual a Agência Efe teve acesso, defendia o início "imediato" de um "processo político que leve a eleições presidenciais livres, justas e críveis".

A iniciativa se deparou rapidamente com a oposição da Rússia, que propôs sua própria resolução alternativa, assinalando que a situação na Venezuela é um assunto interno e criticando qualquer tentativa de intervenção.

Dado que tanto os EUA como a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança, ambos têm capacidade para vetar a resolução da outra parte e a questão não avançou nos últimos dias.

A Venezuela vive uma situação de instabilidade política desde 10 de janeiro, quando Nicolás Maduro voltou a tomar posse do cargo de presidente após vencer as eleições de maio do ano passado, que não foram reconhecidas por parte da comunidade internacional.

Em 23 de janeiro, o opositor Juan Guaidó invocou vários artigos da Constituição venezuelana para defender que, como presidente da Assembleia Nacional, podia se declarar como presidente interino do país ao considerar a posse de Maduro "ilegítima".

Além disso, os distúrbios deste fim de semana nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e o Brasil, por onde tentou-se entregar ajuda humanitária, deixaram pelo menos quatro mortos e cerca de 300 feridos, de acordo com distintas fontes, enquanto a vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, confirmou que mais de 120 membros das forças armadas venezuelanas desertaram.

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