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Venezuela: intervenção militar não é solução, diz ministro espanhol

Josep Borrel afirmou que conversou com conselheiro de segurança dos EUA e espera que afirmação sobre intervenção seja apenas retórica

Internacional|Do R7

'UE é contra intervenção militar', afirmou ministro
'UE é contra intervenção militar', afirmou ministro

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Josep Borrell, considera que a solução para a crise política da Venezuela não é uma intervenção militar dos Estados Unidos, conforme disse em entrevista à emissora France 24 exibida nesta segunda-feira (11).

"Falei com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA (John Bolton) e o fiz ver que a solução, claro, não é uma intervenção militar americana; embora digam que ela está sobre a mesa, espero que isto seja uma afirmação retórica", afirmou Borrell.

O ministro espanhol lembrou que, neste caso, a União Europeia (UE) tem uma posição comum "contundente" contra qualquer intervenção militar estrangeira.

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"Com o histórico que os EUA têm em matéria de intervenção militar na América Latina, nenhuma das quais é possível dizer que tenha sido realmente um sucesso, acredito que faria muito bem em abster-se de utilizar suas forças armadas, que são muito grandes, já sabemos", disse o ministro.


Borrell declarou que "a União Europeia está claramente a favor da realização de eleições presidenciais" e que o objetivo do grupo de contato é "propiciar" que o pleito aconteça o mais rápido possível.

O ministro também se pronunciou sobre o julgamento dos principais dirigentes do referendo de 1º de outubro de 2017 na Catalunha, que começa nesta terça-feira, e disse que "é muito importante insistir que o julgamento não é sobre opiniões, mas fatos".


"Não é um problema de opinião, mas de atuação, e para isso temos tribunais", afirmou Borrell.

Quanto às eleições do Parlamento Europeu, que acontecem em maio, o ministro espanhol garantiu que serão "especialmente importantes" pelas mudanças que ocorreram desde as últimas, com um "passo atrás no processo de construção europeu" pela entrada dos "populistas nacionalistas de esquerda e direita".

"É preciso um esforço para explicar a importância do projeto de integração aos europeus de todos os Estados-membros, para que não escutem os 'flautistas de Hamelin' que os levam alegremente a tempos passados, que tomara não voltem", concluiu Borrell.

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