Venezuela liberta 22 presos, incluindo juíza e jornalista, diz ONU
Libertação aconteceu após divulgação de relatório de alta comissária da ONU. Além de juíza e jornalista, 20 estudantes foram soltos
Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com Reuters
Vinte e duas pessoas foram libertadas da prisão na Venezuela, segundo comunicado divulgado pela alta comissária da ONU (Organização das Nações Unidas) para os direitos humanos, Michelle Bachelet, nesta sexta-feira (5). As informações são da agência de notícias Reuters.
Entre os libertados, estão a juíza Maria Afiuni, acusada de corrupção, abuso de poder e de facilitar a fuga de um banqueiro, e o jornalista Braulio Jatar, editor do jornal digital Reporte Confidencial (Informe Confidencial, em português). As outras 20 pessoas libertadas seriam estudantes.
Em relatório divulgado nesta semana, Bachelet — que visitou a Venezuela no fim do mês de junho — acusou o governo de Nicolás Maduro de "graves violações de direitos". Entre outros incidentes graves, estariam mais de 6,8 mil execuções extrajudiciais, além de tortura e detenções arbitrárias.
"A libertação bem-vinda de 62 detidos então (em junho), com outros 22 —incluindo o jornalista Braulio Jatar e a juíza (Maria) Lourdes Afiuni —, libertados ontem, e a aceitação por parte das autoridades de dois dirigentes de direitos humanos no país significam o início de um engajamento positivo nas muitas questões de direitos humanos no país", disse Bachelet.
Uma porta-voz da ONU afirmou que Bachelet pedira pessoalmente as 22 libertações ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.