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Venezuela: oposição afirma ter levado 800 toneladas de ajuda

Em visita à ONU, Lester Toledo, designado por Guaidó disse que alimentos e remédios foram entregues nas últimas seis semanas por 'heróis anônimos'

Internacional|Da EFE

Oposição diz ter levado toneladas de ajuda humanitária
Oposição diz ter levado toneladas de ajuda humanitária

A equipe do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido por 54 governos como presidente interino da Venezuela, anunciou nesta quarta-feira (8) que conseguiu levar 814 toneladas de ajuda humanitária ao país nas últimas seis semanas.

Os números foram divulgados por Lester Toledo, designado por Guaidó como coordenador internacional para a ajuda humanitária à Venezuela, durante uma visita à sede da ONU em Nova York.

"A ajuda humanitária é um fato", disse Toledo a jornalistas.

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O representante da oposição a Nicolás Maduro está nos Estados Unidos para se reunir com representantes de organizações não governamentais. Segundo ele, as 800 toneladas incluem comida e remédios que estão entrando no país graças a "heróis anônimos".


Os produtos vêm de doações do Brasil, Panamá e Estados Unidos, da diáspora venezuelana no exterior e de empresas. Os materiais só chegaram ao país, de acordo com Toledo, graças à colaboração de pessoas que trabalham na alfândega e na fiscalização das fronteiras.

Toledo afirmou que, após a tentativa frustrada de fazer a ajuda humanitária entrar pela fronteira da Colômbia e do Brasil, a oposição passou para uma "segunda fase" que usa rotas alternativas.


"A diáspora venezuelana provou que se a porta nos é fechada, entramos pela janela. E estamos enviando a ajuda humanitária", destacou o representante de Guaidó.

Toledo, no entanto, frisou que nem a ajuda conseguida pela oposição nem a fornecida por organizações como o Comitê Internacional da Cruz Vermelhas são suficientes para responder à crise humanitária do país.


"Conseguimos reunir, enviar e entregar 800 toneladas de ajuda. Espero que sejam milhares de toneladas nas próximas semanas", disse.

Na visita a Nova York, Toledo disse que conversou com organizações humanitárias e da sociedade civil, com a Igreja Católica, com grandes empresas e com embaixadores de vários países.

Apesar da passagem pela ONU, o representante de Guaidó não conversou com lideranças das Nações Unidas, que seguem afirmando que trabalham com o governo de Maduro para combater a crise no país.

Toledo disse que não agendou reuniões com funcionários da ONU e afirmou que a organização tem adotado uma postura "muito diplomática" em relação à situação da Venezuela.

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