Venezuelano morre em protesto na fronteira de Equador e Colômbia
Luis Alberto Araujo Casamen passou mal e precisava de remédio que não tinha na Venezuela e viajou a país vizinho, onde morreu de infarto
Internacional|Da EFE
Um equatoriano que vivia há 40 anos na Venezuela morreu nesta segunda-feira (26), aparentemente após sofrer um infarto na ponte internacional de Rumichaca, na fronteira entre a Colômbia e o Equador, em meio aos protestos de venezuelanos contra a decisão do governo de Lenín Moreno de exigir um visto especial para que eles entrem no país.
Luis Alberto Araujo Casamen, de 58 anos, que vinha de Caracas, começou a sentir mal quando chegou ao escritório do órgão migratório da Colômbia. Ele precisava de um remédio que não estava disponível na Venezuela e por isso fez a viagem ao Equador.
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Um assessor responsável por organizar a passagem pela fronteira disse à Agência Efe que o homem foi atendido por funcionários da Cruz Vermelha que atuam na Colômbia antes de tentar cruzar o bloqueio feito pelos venezuelanos que protestam contra Moreno.
O caminho seria feito a pé, e um ônibus do outro lado levaria Casamen a Quito. No entanto, ao se aproximar do protesto, segundo o assessor, o homem sentiu mal e sofreu o infarto. O corpo foi levado ao necrotério de um hospital de Tulcán, no lado equatoriano da fronteira.
Fontes da Polícia do Equador disseram à Efe que Casamen sentiu-se mal devido à altitude da cidade, que está a 2.950 metros acima do nível do mar. Os sintomas foram agravados por uma doença respiratória que o equatoriano já possuía.
Centenas de imigrantes venezuelanos estão bloqueando a fronteira entre Equador e Colômbia para protestar contra o governo de Lenín Moreno, que passou a exigir que eles apresentem um visto humanitário especial para entrar no território equatoriano.