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Vigilância na cela falhou no dia da morte de Epstein, diz jornal

Segundo The New York Times, rotina de verificação da cela onde estava o milionário acusado de pedofilia e exploração sexual não foi cumprida

Internacional|Da EFE

Epstein estava preso acusado de manter rede de exploração sexual de menores
Epstein estava preso acusado de manter rede de exploração sexual de menores

O milionário americano Jeffrey Epstein, encontrado morto neste sábado (10)em uma prisão de Nova York onde aguardava julgamento após ser acusado de manter uma rede de exploração sexual de menores, não foi vigiado como deveria na noite em que aparentemente cometeu suicídio.

A falha na vigilância da cela de Epstein foi revelada neste domingo pelo jornal americano The New York Times.

Segundo o Times, que ouviu fontes que trabalham na prisão onde ele era mantido, dois guardas do Correctional Metropolitan Center, em Manhattan, deveriam verificar a cela do milionário a cada 30 minutos. O procedimento, porém, não foi cumprido naquela noite.

Epstein foi encontrado morto na manhã de sábado dentro da cela. Na véspera, centenas de documentos sobre o milionário foram tornados públicos pela Justiça. Os arquivos eram relativos a um outro caso, paralelo à investigação central, sobre uma mulher que havia sido contratado para "recrutar" potenciais vítimas do esquema de exploração sexual mantido por ele.


Epstein foi deixado sozinho

O milionário já havia sido encontrado inconsciente em sua cela no último dia 23 de julho. Os agentes penitenciários encontraram marcas no pescoço de Epstein, e as autoridades locais investigavam o caso como uma tentativa de suicídio.


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A falha na vigilância não foi a única cometida pela prisão, segundo o Times. Devido ao incidente anterior e a hipótese de tentativa de suicídio, Epstein também deveria ter um companheiro de cela, mas o detento que compartilhava o espaço com o milionário havia sido transferido recentemente.

O Departamento de Justiça e o FBI abriram investigações para descobrir o que ocorreu na cela do milionário. O procurador-geral dos EUA, William Barr, disse que as circunstâncias morte levantaram "sérias dúvidas que devem ser respondidas".


Órgão responsável é alvo de críticas

O Escritório Federal de Prisões, responsável pelo Correctional Metropolitan Center, tem sido alvo de muitas críticas por não manter Epstein em um protocolo de vigilância contra suicídio.

Segundo a fonte ouvida pelo Times, quando o órgão decidiu retirar o milionário da supervisão especial, o Departamento de Justiça foi informado que Epstein teria um companheiro de cela e que um guarda verificaria a situação dele a cada 30 minutos, o que aparentemente não ocorreu.

Os investigadores do FBI e do Departamento de Justiça devem focar em descobrir o que ocorreu desde a primeira tentativa de suicídio de Epstein e a morte do milionário.

O primeiro incidente fez a direção do Correctional Metropolitan Center colocá-lo em uma vigilância especial de 24 horas e a determinar que Epstein passasse por avaliações psiquiátricas diárias. No entanto, seis dias depois, segundo o Times, as autoridades decidiram que isso não era mais necessário.

O jornal também afirma que os dois guardas da unidade onde Epstein estava trabalharam além do horário na noite da morte. Para um deles, era o quinto dia consecutivo de horas extras.

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