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Voluntário destrói obra de arte ao tentar ‘limpar’ espelho com papel higiênico em museu

Peça coberta de poeira fazia parte de uma instalação conceitual e foi danificada após ser confundida com um objeto comum

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Um voluntário do Museu de Arte de Keelung, em Taiwan, danificou uma obra de arte ao tentar limpá-la com papel higiênico.
  • A obra, criada por Chen Sung-chih, era uma instalação conceitual coberta de poeira acumulada ao longo de 40 anos.
  • Apesar das tentativas de restauração, a peça não pode ser devolvida ao seu estado original e o museu se desculpou com o artista.
  • Especialistas discutem o impacto do incidente na obra, que pode ter adicionado um novo significado ao conceito do artista.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Exposição We Are Me reúne trabalhos feitos com materiais domésticos e de construção Governo de Keelung City

Um voluntário do Museu de Arte de Keelung, em Taiwan, arruinou uma obra contemporânea ao confundi-la com um espelho sujo e tentar “limpá-la” com papel higiênico.

O incidente ocorreu durante a exposição We Are Me, que reúne trabalhos feitos com materiais domésticos e de construção.


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A instalação, criada pelo artista Chen Sung-chih, consistia em um espelho coberto por camadas de poeira acumuladas ao longo de 40 anos, fixado sobre uma prancha de madeira simples. No centro havia uma mancha proposital, simbolizando, segundo o autor, a consciência cultural da classe média e a efemeridade das memórias humanas.


A confusão aconteceu quando o voluntário, acreditando tratar-se de um espelho malconservado, decidiu “melhorar” a aparência da peça e começou a esfregá-la com papel higiênico. Parte significativa da poeira — elemento essencial do trabalho — foi removida antes que outros funcionários percebessem o erro e interrompessem a ação.


Apesar das tentativas de restauração, o museu confirmou que a obra não pôde ser devolvida ao seu estado original. O Escritório de Cultura e Turismo de Keelung pediu desculpas ao artista e avalia a possibilidade de pagar uma indenização pelos danos causados à peça.


Especialistas locais debatem se houve, de fato, destruição de patrimônio. O advogado Tsai Chia-hao observou que, do ponto de vista jurídico, retirar poeira de uma obra pode não configurar “dano físico” a um bem artístico, o que complicaria uma eventual compensação financeira.

Parte da crítica, no entanto, argumenta que o incidente acrescentou uma nova camada de significado à criação de Chen. Para alguns curadores, a tentativa de “limpeza” involuntária reflete a própria tensão entre o impulso humano de apagar o tempo e o valor simbólico da degradação.

O artista não se pronunciou publicamente até o momento, mas o museu afirmou que pretende manter a obra exposta, agora acompanhada de uma explicação sobre o acidente.

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