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WikiLeaks relevará documentos importantes sobre candidatos e partidos antes das eleições presidenciais nos EUA

Anúncio foi feito nesta terça-feira (4) pelo porta-voz do site, Julian Assange

Internacional|Ansa

Fundador do Wikileaks, Julian Assange, fez anúncio por meio de uma transmissão por vídeo
Fundador do Wikileaks, Julian Assange, fez anúncio por meio de uma transmissão por vídeo

Há 10 anos da divulgação dos primeiros documentos sigilosos, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, anunciou nesta terça-feira (4) que publicará semanalmente novos relatórios ao longo dos próximos três meses. Apesar de não contar o tema dos novos documentos a serem publicados, Assange disse que as revelações serão significativas para os Estados Unidos e para as eleições presidenciais de novembro.

O australiano também fez duros comentários contra a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, e ao vice-presidente, Joe Biden. De acordo com Assange, a dupla pediu seu assassinato e o inserimento do WikiLeaks na lista de organizações terroristas.

"As nossas publicações são significativas para as eleições americanas e contêm materiais interessantes sobre as facções do poder americano", disse Assange em um vídeo que foi transmitido a Berlim, diretamente de Londres, onde está refugiado há 4 anos na embaixada do Equador.

"Vamos publicar nas próximas 10 semanas [novos documentos]. Temos uma programação verdadeiramente estreita para revelarmos documentos ligados às eleições nos EUA antes de 8 de novembro. As próximas séries incluem materiais significativos sobre guerra, armas, petróleo, Google e eleições. Iniciaremos as primeiras publicações já nesta semana", explicou.


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Hillary Clinton, que foi secretária de Estado no primeiro mandato de Barack Obama e pivô de um escândalo por usar seu e-mail pessoal para tratar assuntos de governo, enfrentará o magnata Donald Trump, do Partido Republicano, nas eleições do mês que vem.

Há poucas semanas, os dois apareciam tecnicamente empatados nas pesquisas de intenção de voto, mas, hoje, a democrata voltou a abrir vantagem.


De acordo com uma sondagem publicada pela rede NBC, Hillary tem 46% das intenções de voto, com 6 pontos percentuais a mais que Trump.

Assange já divulgou uma série de documentos diplomáticos americanos, como alguns sobre Guerra do Iraque, que provocaram embaraços no governo e em seus aliados. Ele é acusado de estupro na Suécia, mas teme ir ao país responder pelo processo e acabar sendo extraditado aos EUA, onde pode ser condenado por espionagem e enfrentar prisão perpétua.

Assange também fez hoje um balanço das atividades do WikiLeaks e contou que, em uma década de atuação, o site revelou em média 3 mil documentos por dia e 10 bilhões de palavras, no total.

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