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Zelenski rejeita cessar-fogo com a Rússia: 'Não jogaremos estes jogos'

Presidente afirma que Ucrânia perderia metade do território caso conflitos parassem agora

Internacional|Do R7

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski é contrário ao cessar-fogo
Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski é contrário ao cessar-fogo

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmou nesta terça-feira (23) que não existirá um "Minsk 3", em referência aos acordos internacionais para pôr fim à guerra na região do Donbass, e se colocou contra um cessar-fogo imediato com a Rússia.

"No ponto em que estamos, não estamos prontos para um alto de cessar-fogo. Já explicamos que não haverá Minsk 3, nem Minsk 5, Minsk 7 etc. Não jogaremos esses jogos", disse o chefe de Estado, durante entrevista coletiva concedida em Kiev.

Questionado sobre o interesse da Ucrânia de encerrar a guerra antes do inverno, Zelenski garantiu que, se as hostilidades terminarem agora, o país que ele lidera perderá a metade de seu território.

O presidente afirma que o cessar-fogo seria uma "armadilha", já que, em seguida, as negociações durariam "anos", para depois novos ataques da Rússia serem realizados, em tentativa de tomada das províncias de Mykolaiv e Odessa, na costa do mar Negro.


"Logo, vão querer regressar, por exemplo, à nossa capital", afirmou Zelenski.

"Estabilizar a situação onde as tropas estão paradas agora mesmo, para apaziguar de alguma maneira a Federação Russa, é algo que o Estado ucraniano não fará. Queremos conseguir muito antes do inverno", completou.


A entrevista coletiva de Zelenski foi concedida após o segundo encontro virtual da Plataforma da Crimeia, de que participaram virtualmente chefes de governo e ministros das Relações Exteriores de países aliados da Ucrânia, para apoiar a reintegração da península.

O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou durante o encontro que "é preciso seguir insistindo que a Crimeia é Ucrânia, assim como Donetsk e Lugansk são Ucrânia e cada parte do território ucraniano é Ucrânia", segundo informou a agência de notícias Ukrinform.


O chefe da diplomacia americana defendeu, além disso, a ideia de que a pressão sobre Moscou deve continuar aumentando, "até que sejam respeitados plenamente os direitos e a soberania do povo ucraniano".

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