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Zelensky promete eleições em até três meses, contanto que aliados garantam proteção

Votação em período de guerra é proibida por lei, mas autoridade ucraniana têm sido pressionada por americanos e russos

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Volodymyr Zelensky planeja novas eleições na Ucrânia em até três meses se aliados garantirem segurança.
  • Eleições em tempos de guerra são proibidas por lei, mas pressão externa de EUA e Rússia influencia a decisão.
  • Especialistas criticam a viabilidade de eleições durante o conflito, citando riscos à logística e segurança dos eleitores.
  • Zelensky espera reafirmar a legitimidade do governo, mas uma possível derrota nas eleições poderia complicar sua posição política.

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Pressionado pelos Estados Unidos e pela Rússia, Volodymyr Zelensky disse que está pronto para marcar novas eleições na Ucrânia em até três meses, contanto que os EUA e outros aliados de Kiev possam garantir a segurança. Eleições em tempos de guerra são proibidas por lei, mas Zelensky têm sido acusado por Donald Trump e Vladimir Putin de estar ferindo o modelo democrático do país, já que o mandato do presidente terminou no ano passado.

Nesta terça (9), em entrevista, Trump afirmou que o governo da Ucrânia estava usando a guerra como desculpa para evitar eleições e que isso “deixa de ser democracia”. O professor de direito e relações internacionais da Universidade de Franca Kleber Galerani discordou da declaração ao ser entrevistado pelo Conexão Record News desta terça (10). “O que caracteriza uma democracia é o que nós chamamos de rotatividade de poder. Os grupos políticos mudam, não exatamente as pessoas. Em um contexto de guerra, isso [declaração de Trump] pode ser um argumento para vencer algum tipo de resistência e colocar em xeque a legalidade do governo ucraniano.


Pressão vinda da Rússia e dos Estados Unidos é principal fator por trás de proposta de eleições ucranianas Reprodução/RECORD NEWS

Galenari analisou que uma eleição realizada durante a guerra é algo incabível. “Em uma situação de conflito, no caso da Ucrânia, com ataques aéreos frequentes, território sob ocupação inimiga e com algumas regiões inacessíveis, temos um grande contingente populacional deslocado, o que torna o processo eleitoral extremamente difícil em termos de logística, segurança e representatividade.” Ele também questiona como ficará a segurança dos eleitores e de que maneira será possível evitar possíveis interferências internas, russas ou americanas dos resultados da votação.

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O professor lembra que uma boa parcela dos ucranianos é contra uma eleição realizada durante a guerra, mas que devido ao prolongamento do conflito, há um desejo por renovação. Na opinião do especialista, a promessa de Zelensky tem dois objetivos, primeiro, responder à pressão externa, e segundo, reafirmar a legitimidade do próprio governo frente às críticas, mas também vê a ação como uma aposta muito alta: “Se Zelensky vencer novamente, ele terá um golpe simbólico e poderoso contra essa argumentação do Putin e do Trump; mas se falhar, a guerra pode reescrever as regras estabelecidas e deixaria a legitimidade de Zelensky em um limbo


Ele finaliza ao apontar o comportamento da Rússia em relação ao governo democrático dentro do país: “Embora ela tenha eleições regulares, ela tem o mesmo líder há décadas. [...] Apesar de ter eleições, não tem transição de poder e uma democracia não caracteriza-se pela realização de eleições. No próprio Iraque de Saddam Hussein, nós tínhamos eleições em que Saddam Hussein vencia com mais de 90% dos votos válidos, algo inimaginável.

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