COP30: Brasil assume liderança e propõe plano para acelerar resposta a desastres climáticos

No segundo dia da etapa de negociações da COP30, o governo brasileiro assume a dianteira na proposta que acelera o atendimento a vítimas de desastres provocados pelo clima. Foi um dia de consensos e de divergências, como é normal nesta etapa da COP.  

O Brasil capitaneou a iniciativa que obteve o apoio de vários países, ao propor um plano para acelerar a resposta de estados e municípios as tragédias do clima. Milhões de carros e pessoas circulando em um mesmo espaço. Indústrias que transformam, produzem e descartam lixo. As cidades são responsáveis por 80% das emissões de gases de efeito estufa. Nesta terça-feira (11), esse foi o tema de boa parte das discussões na COP30.  

Ministros de vários países que atuam nas pastas das cidades e do desenvolvimento regional se reuniram nesta terça-feira (11) em Belém para fechar uma declaração final. A proposta sugere que os municípios precisam estar no centro das ações e dos investimentos de combate às mudanças climáticas.  

O ministro do desenvolvimento regional, Waldez Goes, lançou na COP dois planos do governo federal: um de proteção e defesa civil, e outro de aceleração para reconstrução de cidades, após desastres climáticos.  

Apesar da ausência dos Estados Unidos na COP, o governador da Califórnia, Garvin Newson, foi a Belém e participou, ao lado do governador do Pará, do lançamento do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que pretende aproximar o Vale do Silício e o Brasil. A indústrias também participam das discussões climáticas.  

O presidente da Confederação Nacional da Indústria lançou a SB COP, projeto para criar um canal de sugestões do setor privado nos debates sobre sustentabilidade e clima.