EUA aplicam sanções contra mulher de Moraes e suspendem vistos de autoridades brasileiras
O governo americano ainda revogou o visto do advogado-geral da União, Jorge Messias
JR na TV|Do R7
Os Estados Unidos aplicaram sanções financeiras contra a mulher do ministro Alexandre de Moraes e suspenderam vistos de autoridades brasileiras. Por aqui, o procurador-geral da República denunciou o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo por coação em processo judicial.
Segundo a denúncia apresentada por Paulo Gonet, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo articularam ações nos Estados Unidos para interferir no poder judiciário brasileiro e beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Caberá ao Supremo aceitar ou arquivar a denúncia.
Nesta segunda-feira (22), o governo de Donald Trump incluiu Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky. O governo Trump já havia punido Moraes com a lei em julho. Criada para impor restrições econômicas a pessoas acusadas pela Casa Branca de violações graves contra os direitos humanos, a medida é apelidada de "pena de morte financeira", e inclui bloqueio de bens e proibição de entrada nos Estados Unidos.
O governo americano ainda revogou o visto do advogado-geral da União, Jorge Messias, e de outras autoridades brasileiras. Entre elas, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Benedito Gonçalves, o ex-secretário-geral de Alexandre de Moraes, José Levi, o juiz auxiliar de Moraes no STF, Airton Vieira; Marco Vargas, ex-assessor eleitoral e Rafael Henrique Tamai, juiz auxiliar de Moraes.
O STF divulgou nota em que diz que "as autoridades norte-americanas foram convencidas de uma narrativa que não corresponde aos fatos e que o julgamento, se referindo a Jair Bolsonaro, respeitou o devido processo legal e o amplo direito de defesa".
O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que: "Diante desta agressão injusta, reafirma seu integral compromisso com a independência constitucional do sistema de Justiça e que continuará a desempenhar com vigor e consciência as suas funções em nome e em favor do povo brasileiro."
O Itamaraty também se posicionou contra as medidas. Em nota, enfatizou que: "Em nova tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros, o governo norte-americano tentou justificar com inverdades a adoção da medida" e que "o Brasil não se curvará a mais essa agressão."
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