Gabinete do primeiro-ministro de Israel oficializa acordo de cessar-fogo em Gaza

O gabinete do primeiro-ministro de Israel se reuniu para oficializar o acordo de cessar fogo em Gaza e a libertação de reféns que ainda estão com os terroristas do Hamas. Houve comemorações dos dois lados da fronteira. Um clima de festa que não era visto desde os ataques terroristas do Hamas em 2023.  

Em Tel Aviv, um homem fantasiado de Donald Trump foi a atração. As pessoas agradeceram ao presidente americano pela aprovação do acordo. Desde as primeiras horas da quinta-feira (9), os israelenses sabiam para onde ir, em um dia que esperavam havia dois anos.  

O local que na guerra ganhou o nome de praça dos sequestrados por receber encontros e manifestações de parentes dos reféns. Em um discurso, o ex-refém Omer Shem Tov pediu para que todos continuem orando e mandando energias positivas para a volta de todos os sequestrados.  

Um fazendeiro israelense escreveu no campo a mensagem: "Nobel para Trump", em referência ao prêmio Nobel da Paz. Em Jerusalém, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reuniu o governo para validar oficialmente a proposta aprovada no Egito.  

O presidente do parlamento israelense convidou Trump para fazer um discurso na próxima semana e o chamou de presidente da paz. Hospitais estão preparados para receber os 20 reféns vivos serão libertados pelos terroristas.  

O processo deve ter início até a próxima terça-feira (14). Também serão devolvidos os corpos de sequestrados que morreram. Israel vai soltar dois mil prisioneiros palestinos, incluindo cerca de 200 que cumprem prisão perpétua.  

Na Faixa de Gaza, equipes de emergência também comemoraram o anúncio do acordo. O cessar fogo abre caminho para que mais ajuda humanitária seja entregue aos civis.  

Para um cientista político de Israel, o maior desafio será fazer com que os terroristas do Hamas entreguem as armas, porque sem isso é improvável que o exército se retire de Gaza. O que pode dificultar a reconstrução do território, conforme o plano de paz.