Acusados de matar fisiculturista em boate de BH vão a júri popular
Segundo a denúncia do MP, dois homens espancaram e outros dois deram cobertura para o crime, que aconteceu em setembro de 2017
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Quatro seguranças de uma boate no bairro Olhos D'Água, em Belo Horizonte, acusados de matar o fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, em setembro de 2017, vão a júri popular. A decisão foi tomada pelo juiz Marcelo Rodrigues Fioravante, do 1º Tribunal do Júri da capital mineira.
O crime aconteceu no dia 2 de setembro de 2017, na casa noturna Hangar 677. De acordo com a denúncia do Ministério Público, dois seguranças abordaram Allan e o conduziram a uma área restrita para fazer uma "revista".
O estudante de educação física e fisiculturista, então, recusou a passar pelo procedimento e foi espancado com chutes e socos, imobilizado e estrangulado até a morte. Segundo o laudo de necropsia, a causa da morte foi definida por "asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço", além de diversas lesões no corpo.
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Ainda de acordo com a denúncia do MP, outros dois seguranças colaboraram para o crime "colocando-se armados, como força reserva, prontos para interferir para garantir o êxito da ação da criminosa", e teriam impedido que outras pessoas tentassem ajudar Allan.
Além dos quatro acusados, um quinto suspeito ainda está foragido e, portanto, não respondeu ao processo. Dois deles estão presos preventivamente e outros dois estão sendo monitorados por meio de uma tornozeleira eletrônica.
