Aluno da UFMG é eleito um dos 15 mais influentes do mundo
Nascido no Congo, Louison Mbombo vive em BH desde 2013 e foi indicado pela União Europeia pelo trabalho de combate à malária feita pela sua ONG
Minas Gerais|Clara Mariz, do R7*, com Rayllan Oliveira da Record TV Minas
Um estudante da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) foi escolhido pela União Europeia como um dos 15 jovens mais influentes do mundo em 2019.
Louison Mbombo, que nasceu no Congo e vive em Belo Horizonte desde 2013,foi escolhido graças a um trabalho realizado pela sua ONG (Organização Não-Governamental) que atua no combate à malária no seu país.
A organização "Solidariedade Na Mokili" já tratou de 30 mil pessoas com malária na República Democrática do Congo, na África Central, e já atendeu mais de 10 milhões de pessoas desde sua criação, em 2015.
— Com o tratamento, nós conseguimos atingir mais de 30 mil pessoas e alcançamos outras 8 mil com a distribuição de mosquiteiros para a prevenção da doença.
Louison foi escolhido entre 404 candidatos de 99 países e irá participar dos debates do "European Development Days", na sessão sobre o fundo global para luta contra malária, HIV e tuberculose.
O objetivo do congresso é estimular as jovens lideranças que compartilhem suas habilidades, experiências e contribuições com chefes de Estado, diplomatas e acadêmicos. As palestras, organizadas pela União Europeia acontecerão entre os dias 18 e 19 de junho, e irão discutir as desigualdades na saúde e na educação.
Projeto social
O projeto criado por Louison Mbombo, em 2017, foi vencedor da competição de empreendedorismo cidadão da Unesco, com 1° lugar na categoria popular e o 3° geral.
— Uma vez uma criança do meu país me disse que ele nasceu só para esperar a morte. Então, eu me perguntei, como uma pessoa, com tanta coisa que o mundo tem para oferecer, fala que só tem que esperar a morte porque não tem nada para fazer. Foi quando eu falei que posso dar esperança para essas crianças, para criar um mundo melhor para todos nós.
A meta do estudante, agora, é erradicar a malária no seu país de origem até 2030. Para isso, a proposta da ONG é avançar na prevenção e investigação da doença, adquirir fundos para o tratamento dos que já a contraíram e fornecer educação sanitária às famílias.
*estagiária do R7 sob supervisão de Lucas Pavanelli