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Após 77 dias, alunos voltam às aulas em escola ameaçada por barragem

Funcionamento foi interrompido depois que Vale acionou sirenes da barragem de Mar Azul, em Nova Lima (MG); escola provisória está pronta

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Escola fica localizada em rota de fuga, o que deixa pais e alunos com medo
Escola fica localizada em rota de fuga, o que deixa pais e alunos com medo

Depois de quase três meses, alunos da Escola Municipal Rubem Costa Lima, que fica no distrito de Macacos, em Nova Lima, na Grande BH, podem, enfim, voltar a frequentar a unidade de ensino.

As aulas foram interrompidas em 18 de fevereiro, dois dias depois de a Vale acionar as sirenes da barragem B3/B4 da Mina Mar Azul. A escola tem 194 alunos matriculados do 1º ao 5º anos. Outras 36 crianças, atendidas por uma creche vizinha à escola, também ficaram prejudicadas com o fechamento da unidade. 

Embora a mineradora garanta que a unidade de ensino fica localizada fora da área que seria atingida pela lama de rejeitos, caso a estrutura se rompa, com medo, pais e mães deixaram de levar seus filhos à escola. Os responsáveis ainda acionaram o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) para que a mineradora garantisse a construção de uma escola provisória em local seguro. 

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Deputados que compõem a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais fizeram visita à nova unidade nesta quinta-feira (2) e acreditam que a rotina escolar possa ser retomada na próxima segunda-feira (6). 


No encontro com os parlamentares, Jucinéoia Gobbi, mãe de dois alunos matriculados na unidade, diz que ninguém se sente seguro no local. "Não nos sentimos seguras. Não queremos as crianças assistindo uma tragédia”, afirmou. Outras mães relataram que as crianças estão com medo após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro, e algumas não tomam mais banho sozinhas ou dormem nos seus próprios quartos. 

Escola provisória

A nova escola, provisória e feita em estrutura modular pela Vale, já está pronta em área segura e abrigará as 230 crianças da escola e da creche. A construção aguarda o aval do Corpo de Bombeiros para abrir as portas. 

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