Após Brumadinho, prefeitura deve garantir abastecimento em BH
Rompimento da barragem de Brumadinho interrompeu captação de parte do sistema Paraopeba, que abastece a capital mineira
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
A Justiça de Minas Gerais determinou que a Prefeitura de Belo Horizonte comprove, em juízo, se há necessidade de tomar medidas para evitar um eventual risco de desabastecimento de água na capital mineira.
O temor se dá por causa da interrupção da captação do sistema do Rio Paraopeba, que foi contaminado pela lama de rejeito de minério com o rompimento de uma das barragens da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Com isso, a prefeitura foi intimada a comparecer a uma audiência de conciliação no dia 9 de maio.
Leia também
Vale e defensoria oferecem opção de acordo extrajudicial para atingidos por barragem
Vale divulga cronograma de pagamentos de indenizações
SOS Mata Atlântica confirma que Rio São Francisco está contaminado
Contaminação de rio pode afetar abastecimento em 16 cidades de MG
Brumadinho contabiliza 214 mortes após dois meses de tragédia
Captação
Em funcionamento desde 2015, a estrutura de captação de água da Copasa (Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais) instalada no Rio Paraopeba, em Brumadinho, extrai até 5.000 litros de água bruta por segundo no manancial.
Após a captação, a água é enviada por meio de adutora à Estação de Tratamento (ETA) do Rio Manso, onde se integra ao Sistema Paraopeba, composto pelas represas do Rio Manso, Serra Azul e Várzea das Flores.
O sistema é responsável pelo abastecimento de água para mais de dois milhões de pessoas em BH e na região metropolitana. Após o rompimento da barragem da Vale, a Copasa informou que a captação no Paraopeba foi suspensa para evitar contaminação.