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Após reunião com a prefeitura, empresas não garantem frota completa de ônibus em BH

Companhias prometem esforço para manter as linhas ativas, mas indicam que disponibilidade financeira vai impactar

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

BHTrans ainda não fez balanço das linhas impactadas
BHTrans ainda não fez balanço das linhas impactadas

Representantes das empresas de ônibus de Belo Horizonte se reuniram com membros da prefeitura, na tarde desta sexta-feira (29), para discutir a redução de viagens anunciada ontem.

Após o encontro, o consórcio que representa as companhias de transporte ainda não garantiu a circulação da frota completa na cidade.

De acordo com a instituição, nos horários de pico e em dias úteis, as empresas vão se empenhar "ao máximo" para atender a população, "dentro da limitação financeira a que estamos submetidos e dentro do que é gerado pelo sistema com o pagamento das tarifas".

Já fora dos horários prioritários, a previsão não é a mesma. O consórcio afirma que "não vai medir esforços" para que as viagens deste horário sejam "sejam pouco ou minimamente afetadas".


A prefeitura, por outro lado, afirma que "representantes das empresas responsáveis pelo transporte público na capital se comprometeram a adotar a capacidade máxima do serviço, garantindo o atendimento a todos os passageiros ao longo do dia".

As empresas alegam colapso financeiro diante o frequente aumento de custos e a falta de atualização no valor da tarifa desde 2018. "A prestação de qualquer serviço público de modo contínuo e eficiente demanda a existência de recursos financeiros suficientes, principalmente no caso do transporte urbano que demanda a compra de diesel em quantidades elevadas diariamente, sob pena de seu colapso.


A prefeitura diz que foi "surpreendida" com a decisão. O executivo destacou que a decisão foi tomada em meio a uma discussão de mecanismos para subsídio tarifário. "A Prefeitura de Belo Horizonte reafirma que vai fiscalizar a prestação do serviço, por meio da BHTrans, e em caso de descumprimento do contrato, haverá penalização das empresas", pontuou.

"O desequilíbrio econômico-financeiro no presente contrato é do conhecimento público e vem sendo mostrado e demonstrado publicamente há muito pelas Concessionárias", reforçou as empresas de ônibus.

Durante a tarde, o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) anunciou que vai abrir uma investigação para apurar o anúncio da redução nas viagens.

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