Assembleia repassa R$ 1,5 mi para projetos contra covid-19 na UFMG
Parceria assinada nesta quinta (18) vai financiar projetos de telemedicina, produção de máscaras faciais de acrílico e respirador de baixo custo
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais irá repassar à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) pouco mais de R$ 1,5 milhão que vão financiar três projetos contra a covid-19 que estão em andamento na instituição de ensino.
São iniciativas de telemedicina, desenvolvimento de um respirador pulmonar mais barato e de produção e de distribuição de máscaras faciais de acrílico para trabalhadores da saúde. O convênio foi assinado nesta quinta-feira (18) e contou com a presença do presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV) e a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida.
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A parceria entre Assembleia e a UFMG começou em março deste ano, quando as instituições se juntaram em uma campanha de arrecadação de recursos para auxiliar hospitais do Estado. Em abril, houve a assinatura de um protocolo de cooperação técnica.
Segundo Patrus, a iniciativa é fruto de um esforço do Legislativo estadual, que "economizou 30% de sua verba para manutenção dos gabinetes durante os três primeiros meses da pandemia".
Para a reitora Sandra Regina, nunca houve uma "parceria tão profícua e tão intensa” com a Assembleia.
Respiradores pulmonares
Um dos projetos beneficiados é o desenvolvimento de ventiladores hospitalares mecânicos, ou seja, que funcionam mesmo sem energia elétrica. O objetivo é criar um respirador de baixo custo e que utilize apenas peças da indústria nacional. Dois protótipos já foram testados e alguns ajustes estão sendo feitos.
Os recursos da parceria com a Assembleia serão usados para a compra de peças, como válvulas e cilindros, para esse fim. O professor acredita que, em breve, o equipamento poderá ser testado clinicamente e produzido em larga escala.
Máscaras de acrílico
Outro projeto é para produção de máscaras faciais de acrílico, que serão destinadas ao uso de profissionais da área da saúde. O trabalho reúne voluntários que produzem os equipamentos em impressoras 3D. As peças são montadas na UFMG e levadas para os hospitais.
Até o momento, o projeto, que começou em março, já produziu mais de 5 mil protetores para profissionais de saúde em Belo Horizonte e outros municípios de várias regiões do Estado.
Telemedicina
O terceiro programa beneficiado pelo acordo é o Telecovid-19. A iniciativa consiste em um serviço de atendimento para tirar dúvidas sobre a doença e que pode ser acessada por qualquer cidadão. A expectativa é de que, até outubro, sejam realizadas mais de 15 mil consultas para doentes crônicos, mais de 20 mil para tirar dúvidas sobre a doença e mais de mil teleconsultorias para profissionais de saúde da atenção básica.