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Prefeitura de Brumadinho (MG) afasta médico para investigar morte de bebê indígena

Família denuncia negligência do pediatra; segundo a mãe, recém-nascida estava defecando sangue e foi diagnosticada com gases e cólica

Balanço Geral MG|Do R7

A Prefeitura de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, afastou o pediatra que atendeu uma bebê indígena que morreu após ser levada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade. Parentes denunciam suposta negligência médica, e o caso está sendo investigado.

Os indígenas da tribo Pataxó expressaram revolta com o atendimento dado à bebê Elisa pelo pediatra. A menina de um mês e 24 dias morreu na unidade na tarde desta sexta-feira (05). Segundo a mãe, Marina Almeida Pataxó, a bebê começou a passar mal na segunda-feira. “Ela estava defecando sangue. O doutor disse que ela estava com gases presos e cólica e receitou dipirona e simeticona, remédios para dor e febre,” relatou Marina.

Como Elisa não melhorou, a mãe retornou à unidade no dia seguinte e foi atendida pelo mesmo pediatra, que manteve o diagnóstico e recomendou continuar a medicação. As receitas que Marina possui são dos dias 3 e 4 de julho, onde o pediatra também sugeria que os pais monitorassem a desidratação.

Após a notícia da morte da bebê, os indígenas protestaram em frente à UPA. A polícia militar acompanhou o protesto, que ocorreu sem confusões ou interrupções nas atividades da unidade.

Os indígenas registraram um boletim de ocorrência e enviaram um ofício para a Funai e para o Ministério Público, pedindo rigor nas investigações.

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