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BH: empresário avalia como natural a retirada de cobradores de ônibus

Após tentar induzir que prefeito foi responsável pela mudança, dono de empresa do setor falou em evolução tecnológica

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7 e Kiuane Rodrigues, da Record TV Minas

O empresário Fábio Couto de Araújo Cançado, sócio de três empresas que prestam serviço de transporte coletivo em Belo Horizonte, negou que a retirada de cobradores dos coletivos ocorreu em reação à falta de reajuste da tarifa.

— É uma evolução natural a substituição do cobrador pelo sistema eletrônico.

A afirmação foi feita durante depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal que apura a atuação da BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte).

No encontro, Cançado tentou sugerir que a redução no número de cobradores foi uma sugestão do prefeito Alexandre Kalil (PSD).

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— O prefeito Kalil foi claro em dizer que as empresas mantivessem 500 cobradores. Ao declarar isso, ele naturalmente disse que reconhecia a necessidade de se reduzir o número de cobradores para 500 no sistema como um todo de Belo Horizonte.

Empresário nega formação de cartel
Empresário nega formação de cartel Empresário nega formação de cartel

Repreendido pelos vereadores sobre a declaração, o empresário reviu a fala. Cançado se referia, na verdade, à determinação de Kalil, feita em agosto de 2019, para que as companhias de transporte fizessem contratação imediata de 500 cobradores para suprir as demandas dos coletivos.

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— Pode ser que tenha tido alguma interpretação equivocada por parte das empresas.

Veja: Auditoria em empresas de ônibus de BH foi feita por amostragem

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Documentos

Ainda durante a CPI foram exibidos documentos apresentados pelas empresas durante a licitação de 2008. Segundo os vereadores, eles apresentam termos semelhantes, algumas vezes os mesmos erros de português e foram registrados sequencialmente no mesmo cartório, o que pode indicar formação de cartel. Cançado alegou que isso pode ser uma coincidência em termos do edital e disse que não participa de cartel.

— Há fiscalização do Ministério Público Estadual em todas as etapas do processo de licitação. O inquérito não encontrou nenhuma irregularidade e acabou sendo arquivado.

Por fim, vereadores aprovaram que o empresário Roberto Carvalho seja intimado a comparecer pessoalmente à CPI para responder às perguntas sobre supostas irregularidades nos contratos da empresa Rodopass e a prestação de serviços de transporte coletivo em Belo Horizonte.

Roberto Carvalho conseguiu um habeas corpus na Justiça para não comparecer à última audiência. Ele já tinha sido convocado como testemunha, depois de se apresentar pela internet, na reunião da última quarta-feira (7), na condição de investigado e, por orientação dos advogados, ficou em silêncio.

Segundo a presidência da CPI, a Câmara Municipal recorreu ao TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) para que Carvalho preste depoimento pessoalmente. Caso o Colegiado negue, a ação pode ir para Brasília.

MP

No início da tarde desta quarta-feira (14), seis vereadores da CPI da BHTrans se reuniram com o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior.

Os parlamentares foram propor uma parceria, já que, segundo eles, as investigações feitas até agora apontam que o suposto esquema das concessionárias do transporte coletivo envolveria várias prefeituras da região metropolitana e do interior do Estado, onde também atuam.

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