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BH pede abertura do hospital de campanha que está pronto há 1 mês

Secretário de Saúde da capital garante que hospitais da cidade não estão lotados, mas teme que falta de leitos no interior sobrecarregue o município

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Hospital de campanha está pronto desde 29 de abril
Hospital de campanha está pronto desde 29 de abril

A Prefeitura de Belo Horizonte quer que o Governo de Minas Gerais comece atender pacientes no hospital de campanha na cidade que está pronto desde o dia 29 de abril, mas que ainda não foi aberto.

O pedido foi feito, nesta sexta-feira (12), pelo Secretário de Saúde da capital mineira, Jackson Machado, ao chefe da Secretaria de Saúde do Estado, Carlos Eduardo Amaral.

Durante coletiva, Machado explicou que o objetivo da solicitação foi garantir atendimento a pacientes do interior, sem sobrecarregar os hospitais da capital mineira. O representante da prefeitura avaliou que não há dificuldade “de internar pacientes de Belo Horizonte em Belo Horizonte, o que não acontece na região metropolitana”.

— Se o hospital de campanha do Estado não for aberto, estas pessoas vão pressionar os hospitais de Belo Horizonte para ocupar esses leitos, o que não é correto do ponto de vista da hierarquia dos SUS.


O Hospital de Campanha foi montado em um centro de convenções no bairro Gameleira, na região Oeste da capital mineira. São 768 leitos prontos há mais de um mês, sendo 28 para atendimento a pacientes em estado grave. A administração do espaço é de responsabilidade do Governo Estadual, por meio da Polícia Militar.

Demanda do interior


De acordo com a Secretaria de Saúde de Belo Horizonte, atualmente, 58% dos leitos de enfermaria da cidade estão ocupados. Já em relação às UTIs (unidades de tratamento intensivo), a ocupação é de 74%, o que para a prefeitura é um “alerta vermelho”.

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Segundo Jackson Machado, 17% dos pacientes internados na capital mineira são moradores de outras cidades. O secretário explica que estes doentes são de municípios que pagam à prefeitura de para usar os hospitais de BH. Machado destaca, contudo, que os casos não afetam a estrutura local.


— É uma pactuação que tem que ser obedecida. Ela está absolutamente dentro do que é esperado. Aliás, está aquém do que é pactuado.

Procurado pela reportagem, o Governo de Minas não comentou o pedido do secretário de Saúde de Belo Horizonte, mas destacou que “os leitos serão ativados de acordo com a demanda, o que não aconteceu até o momento”. A equipe de Zema informou, ainda, que ampliou o número de UTIs em 30% durante a pandemia e que o nível de ocupação destes leitos está em 71,71%.

Segundo a Prefeitura de BH, a cidade já tem capacidade para ampliar em 50% o total de leitos complexos, em casos de necessidade.

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