A Prefeitura de Belo Horizonte vai conceder R$ 220 milhões que já foram pagos em antecipação de passagem de ônibus em vale-transporte para cerca de 70 mil famílias em situação de extrema pobreza na capital mineira.
A proposta foi apresentada pela secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra Colares, durante uma reunião do Comitê de Repactuação do Contrato do Transporte Coletivo nesta terça-feira (17).
De acordo com a secretária, a proposta ainda precisa ser regulamentada mas, a princípio, o dinheiro seria revertido em créditos que serão depositados no cartão BHBus de famílias em situação de extrema pobreza que vivem na cidade.
— Nós temos que identificar as famílias que já possuem o cartão e aquelas que precisariam de um cartão e criar um dispositivo para que ela faça adesão ao programa. Assim, nós teríamos o crédito em transporte para que toda família possa utilizar.
De acordo com o vereador Gabriel Azevedo (sem partido), que preside a CPI da BHTrans na Câmara Municipal, os créditos poderiam ser utilizados por essas pessoas durante todo o ano que vem.
— Chegamos a uma conclusão de que esse valor pode se transformar em injeção de créditos na vida de 70 mil famílias estão em situação de extrema pobreza, entre janeiro e dezembro do ano que vem. Transformando esse valor em vale-transprote no formato de meia passagem, o dinheiro que elas gastariam pode ser revertido em outras coisas.
Ainda segundo o vereador, a partir da semana que vem, o comitê vai começar a discutir uma remodelagem do contrato com as empresas de ônibus, discutindo temas como subsídio para a tarifa do transporte, novas formas de bilhetagem, dentre outros assuntos.