BH vai multar "idiotas sem máscara" em até R$ 80, diz prefeito Kalil
Alexandre Kalil confirma que falta de máscara renderá multa a partir da semana que vem e descarta volta às aulas na rede pública e particular
Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7, com Gisele Ramos, da RecordTV Minas
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), chamou de "idiotas" pessoas que circulam sem máscaras nas ruas da capital mineira. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (5), ele disse que, a partir da semana que vem, quem estiver sem os equipamentos de proteção em lugares públicos pode ser multado em até R$ 80.
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— O povo de Belo Horizonte continua solidário e responsável, mas eu queria deixar recado, que vocês interpretem como quiserem. Toda vez que a gente olhar para uma pessoa sem máscara andando na cidade, temos que olhar para ela como um idiota. Ali tem um idiota que está sem máscara. Não é para xingar ninguém, é só pensar que é um idiota que só pensa nele.
Kalil prometeu que, até o fim da semana, cerca de 2 milhões de máscaras serão distribuídas à população.
— Até lá, amarra um pano, pega uma camisa, faz qualquer coisa.
Kalil reafirmou que a reabertura gradual do comércio na cidade, prevista para o dia 25 de maio, depende do comportamento da população. Caso contrário, essa data pode ser adiada para 6 de junho.
— Nós queremos cumprir o dia 25 [de maio]. Se o dia 25 fosse hoje, poderíamos cumpri-lo, mas nós não sabemos o que vai acontecer daqui a 20 dias.
Volta às aulas
Ainda durante a entrevista coletiva, Alexandre Kalil descartou a volta às aulas, seja na rede pública ou na particular, e não deu uma data para o retorno das atividades escolares.
— Nem as particulares, nem as municipais vão voltar às aulas. As particulares também precisam de determinação do poder público. Isso é uma questão de saúde. Elas, provavelmente, voltarão juntas.
Abertura de bancas de jornal
O prefeito de Belo Horizonte confirmou, ainda, durante a entrevista coletiva, que um decreto municipal irá determinar a reabertura de bancas de jornais na cidade. Segundo Kalil, a decisão foi tomada após conversas com membros do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte.
— Eles avaliam como um serviço essencial. Antes de tudo, a informação. Não sacrificaremos uma indústria tão importante, como a do papel, jornal, revista, que gera uma aglomeração pequena e presta um serviço muito grande.