Encantamento foi dando espaço à preocupação e ao medo logo que os conflitos começaram.
Reprodução / Record TV MinasUma técnica de enfermagem mineira celebra o retorno ao Brasil após quase 15 dias de espera pela repatriação feita pela FAB (Força Aérea Brasileira) em Israel, que enfrenta guerra contra o grupo terrorista Hamas.
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“Foi uma sensação de alívio e de preocupação com alguns [brasileiros] que estavam desesperados - principalmente um que já estava fazendo tratamento psiquiátrico porque ficou vendo muitas informações pelo celular. Ele ficou um pouco transtornado”, conta Silene Macedo sobre o momento em que encontrou os colegas de voo no aeroporto no Oriente Médio para o retorno.
Silene Macedo planejou bastante a viagem. Conhecer Jerusalém, capital de Israel, sempre foi um sonho. “Eu fui para passear, conhecer a parte histórica, o Mar Morto", relembrou.
A técnica de enfermagem passou três meses na região e durante a maior parte do tempo viu de perto cidades importantes para a história da humanidade. "Eu pretendia ir ao Rio Jordão antes dos ataques”, comentou sobre a interrupção da viagem.
Silene estava acompanhada da tia e ficou hospedada na casa de amigos, mas encantamento foi dando espaço à preocupação e ao medo logo que os conflitos começaram.
“A gente se sentia alegre por estar naquele lugar, mas triste por talvez não conseguir voltar para ver os familiares. Ficamos nesse conflito tentando voltar durante quase 15 dias e não conseguia. Estava tudo fechado. Eles falavam que se não conseguíssemos voltar, possivelmente, seria mais difícil depois porque os conflitos não vão acabar no momento”, relatou.
A solução foi acionar o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores Brasileiro). “A gente entrou em contato por telefone. Em dois dias nos colocaram na lista de espera. A todo momento nos comunicavam que estávamos na lista e que seríamos chamados a qualquer momento”, contou.
O Brasil recebeu, na madrugada desta segunda-feira (23), o oitavo voo de repatriação de brasileiros que estavam em Israel. A aeronave trouxe 209 passageiros, incluindo 12 crianças de colo. Desde o início da guerra, a FAB buscou 1.413 pessoas, incluindo três bolivianas. Mais de 50 animais domésticos também foram resgatados.
"Tendo em conta as condições locais atuais e a operação regular do aeroporto de Ben Gurion, não se preveem voos adicionais para brasileiros em Israel", declarou o Itamaraty sobre as repatriações nesta segunda-feira.
O governo local também confirma o desaparecimento de um brasileiro que vivia em Israel. Cerca de 30 brasileiros aguardam a repatriação na Faixa de Gaza.
"Os veículos contratados pelo Itamaraty seguem de prontidão, aguardando a autorização para o trânsito do grupo pelo terminal de Rafah, aberto novamente, hoje, exclusivamente para a entrada, limitada, de material de ajuda humanitária", declarou o Governo brasileiro.
"O Brasil continua reiterando gestões, em alto nível, com vistas a viabilizar a entrada dos brasileiros no Egito. A aeronave utilizada pela Presidência da República permanece no Cairo, aguardando autorização para resgatar os brasileiros procedentes da Faixa de Gaza. O governo brasileiro volta a desaconselhar quaisquer deslocamentos não essenciais para a região", completou comunicado do Itamaraty.
Os nacionais no Oriente Médio devem acionar o Governo Brasileiro pelos plantões consulares da Embaixada em Tel Aviv (+972 (54) 803 5858) e do Escritório de Representação em Ramala (+972 (59) 205 5510). Os números podem ser contatados por WhatsApp.