Minas Gerais Câmara de BH questiona vereador sobre suposta ida a torneio de pôquer no RJ em dia de votação

Câmara de BH questiona vereador sobre suposta ida a torneio de pôquer no RJ em dia de votação

Corregedoria quer saber se Léo Burguês estava na competição enquanto participava remotamente do plenário na data

  • Minas Gerais | Pablo Nascimento, do R7

Vídeos publicados pela organização do torneio mostram homem que seria o vereador

Vídeos publicados pela organização do torneio mostram homem que seria o vereador

Reprodução / Instagram

A Corregedoria da Câmara de Belo Horizonte pediu esclarecimentos, nesta segunda-feira (6), ao vereador Léo Burguês (União) sobre a suposta participação dele em um campeonato de pôquer, no interior do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (3), enquanto o parlamentar estava remotamente em reunião oficial do plenário da Casa e votava projetos.

As suspeitas foram levantadas após a produtora do evento divulgar nas redes sociais vídeos da disputa e uma pessoa que aparenta ser o vereador aparecer nas imagens. Em um dos vídeos, o homem, que vestia uma camisa azul, parecia virar o rosto durante a filmagem. As gravações foram divulgadas no mesmo horário em que o plenário estava reunido.

Procurado pelo R7, Burguês disse que só vai comentar o caso nos autos que serão enviados à Corregedoria.

O regimento da Câmara de BH autoriza a votação remota dos parlamentares, mas o vereador Gabriel Azevedo, presidente da Casa, diz que o recurso precisa ser usado em casos necessários.

"Eu gosto de esclarecer que a votação remota foi criada para o bem da instituição. Eu mesmo já votei em mesa de hospital após passar por cirurgia. Outras pessoas que, por ventura, tenham compromissos externos na cidade a favor de Belo Horizonte podem fazer o mesmo. Depois da mudança regimental, não tivemos nenhuma quebra de quórum nem ausência de presença nas reuniões", disse Azevedo.

"Às vezes há alguma reunião que dura cinco minutos, e o vereador pode, sim, participar virtualmente. Considero um avanço, mas jamais com deboche a essa instituição. Jamais quando você está votando, ainda mais um tema fundamental como proposta de emenda à Lei Orgânica, para um palerma tentar estar jogando pôquer. Isto é inaceitável", completou o presidente da Câmara.

Os esclarecimentos devem ser feitos por Léo Burguês à Corregedoria da Câmara no prazo de 15 dias.

"Ainda não temos essa confirmação por parte do vereador [de que ele participou do torneio]. Mas, se for confirmado, o caso seguirá para a Corregedoria e pode ocasionar outro pedido de cassação por parte do corregedor", concluiu Gabriel Azevedo.

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