Câmara Municipal de Belo Horizonte recebe pedido de cassação do vereador Léo Burguês
Polícia Civil de Minas Gerais indicia o vereador e outras seis pessoas por seis crimes; dois servidores da PBH foram exonerados
Minas Gerais|Maria Luiza Reis, Do R7 e Gabrielle Assis, da Record TV Minas
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A Câmara Municipal de Belo Horizonte recebeu, na manhã desta segunda-feira (30), o pedido de cassação do mandato do vereador Léo Burguês (PL), indiciado pela suspeita de cometer os crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O pedido foi entregue pelo advogado Mariel Marra.
O advogado acredita que o pedido será aceito devido a gravidade das evidências apresentadas no inquérito concluído pela Polícia Civil. "O que nós temos em mãos hoje é muito mais grave do que nós tínhamos em 2019, quando conseguimos a cassação de outros dois vereadores. O que temos é muito mais robusto, muito mais concreto”, apontou Marra.
Para Marra, os vereadores devem analisar a quebra de decoro de Burguês, uma vez que o caso gera uma repercussão negativa sobre a Câmara que já é evidente.
Agora, o pedido segue para a Procuradora da Câmara Municipal, que deve analisá-lo e entregar um relatório para a Presidência que decidirá se vai pautar ou não a abertura do processo.
A reportagem procurou a Câmara Municipal e aguarda retorno.
Denúncia
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu inquérito e indiciou o vereador Léo Burguês e outras seis pessoas por seis crimes em uma investigação que apurou suposta prática de "rachadinha" na Câmara de Belo Horizonte.
No sábado (28), a Prefeitura exonerou dois servidores que foram indiciados como suspeitos de devolver ao vereador parte do salário que recebiam enquanto trabalhavam no gabinete do parlamentar.
Procurado, o vereador negou os crimes e disse que recebeu "com indignação e perplexidade" a notícia sobre o indiciamento. "Ao longo de uma devassa de quase quatro anos em meu gabinete, na minha vida pessoal e profissional, com total colaboração da minha parte, todos os depoimentos negaram devolução de dinheiro e mostraram materialmente e textualmente que todos os assessores prestam serviços de acordo com suas funções no mandato", declarou em nota.