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Câmara vai esperar por CPIs para decidir sobre impeachment de Kalil

Presidente da Casa, Nely Aquino repudiou declarações do prefeito; anúncio foi feito após áudios de Kalil vazados por ex-aliado

Minas Gerais|Lucas Pavanelli e Célio Ribeiro*, do R7

Pronunciamento foi feito nesta quinta (21)
Pronunciamento foi feito nesta quinta (21) Pronunciamento foi feito nesta quinta (21)

A presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Nely Aquino (Podemos), anunciou que uma possível abertura de impeachment contra o prefeito Alexandre Kalil (PSD) vai depender do resultado das duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) que estão em curso na Casa.

A informação foi divulgada depois de uma reunião entre vereadores de diversos partidos que debateram o áudio em que Kalil aparece sugerindo que donos das empresas de ônibus que operam na cidade estariam pagando os advogados do ex-presidente da BHTrans Célio Bouzada, investigado em uma das CPIs da Câmara.

Durante o pronunciamento, Nely afirmou que a Câmara Municipal repudia as “lamentáveis declarações do prefeito, que desmerecem os trabalhos da instituição”. A presidente da Casa ressaltou que a fiscalização do Poder Executivo é função primordial do Legislativo e esclareceu que Kalil pode participar das discussões da Casa:

"Se o prefeito Alexandre Kalil deseja participar de reuniões das Comissões Parlamentares de Inquérito em andamento nesta Casa, é necessário que ele encaminhe ofício manifestando esse interesse e que colabore enviando documentos pertinentes quando solicitados".

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Por fim, Nely Aquino afirmou que a Câmara vai aguardar o relatório das duas CPIs e ressaltou que os vereadores “não vão se deixar intimidar”, já que “não há democracia sem Parlamento independente”.

Áudios de Kalil

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As gravações em questão foram divulgadas por Alberto Lage, ex-chefe de gabinete da Prefeitura de Belo Horizonte, durante depoimento à CPI da Covid-19, que apura se Bouzada foi o responsável por articular uma decisão da prefeitura que repassou R$ 218 milhões às empresas de transporte, alegando que as companhias estariam com prejuízo em meio à pandemia.

Logo após a gravação ter sido divulgada na CPI, Kalil concedeu entrevista coletiva para esclarecer as acusações. O prefeito confirmou que é dele a voz que aparece nas gravações, mas disse que as falas foram retiradas de contexto. O prefeito também afirmou que pretende questionar as denúncias judicialmente:

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"Quando [o áudio] for transcrito na Justiça, todos vão ver que eu disse o que eu pensava, o que eu achava, o que poderia ser, o que não poderia ser, que um advogado do nível do doutor Hermes Guerrero poderia estar sendo financiado por alguém. Tudo em uma conversa particular, com quem eu achava que era de confiança, fazendo o meu juízo de valor sobre o que estava acontecendo".

Em relação à nomeação de Hermes Guerrero para o Conselho de Ética, Kalil disse que a decisão foi tomada pelo próprio grupo em razão da vasta experiência do advogado, que também é diretor da Faculdade de Direito da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

"É um homem do mais alto conhecimento e tem uma conduta ilibada. O que tem a ver ele [Hermes Guerrero] ser o advogado do ex-presidente da BHTrans? Não tem nenhum caso do Célio Bouzada sendo investigado no conselho", afirmou Kalil.

*​Estagiário do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli.

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