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Capitólio: ação da água e falhas em rochas explicam queda, diz geólogo

Especialista contratado pela prefeitura da cidade turística observa que formações rochosas da região têm muitas fraturas 

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Especialistas sugerem plano de ação para prefeitura
Especialistas sugerem plano de ação para prefeitura Especialistas sugerem plano de ação para prefeitura

Um dos geólogos contratados pela prefeitura de Capitólio, a 290 km de Belo Horizonte, para realizar estudos na área dos cânions da cidade, avalia que a queda do bloco de pedra que matou dez turistas foi provocada pela combinação de dois fatores: fraturas nas rochas e a erosão causada pela água da cachoeira que passa ao lado do paredão que se desprendeu.

"Não só o cânion tem essas características geotécnicas ruins. Todos os locais, do cânion até a rodovia da região, têm rochas muito fraturadas", explica Fábio Reis, após quatro dias de análises no local.

Reis, que também é professor no curso de geologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), explica que a fragilidade da formação rochosa é natural. O local é formado, principalmente, de quartzito do grupo Araxá.

A confirmação das causas do acidente, no entanto, será feita pela perícia da Polícia Civil, que ainda investiga o caso. Por meio de nota, a corporação informou que "a investigação encontra-se em curso e os detalhes serão repassadas com a conclusão dos trabalhos". 

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Segundo o professor, ele e os colegas já estão fazendo orientações preliminares à prefeitura, com base nos dados coletados desde a última segunda-feira (7). Entre elas estão: a realização de um plano de prevenção em algumas áreas, plano de monitoramento e plano de uso da região.

O estudo tem como objetivo encontrar estratégias para reduzir os riscos e garantir a visitação no local com mais segurança. Um relatório inicial ficará pronto em 30 dias. O final será divulgado em 60 dias.

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Questionado sobre os riscos da região, o geólogo avalia que eles não são "fora do normal". "Toda área natural vai ter algum grau de risco. Risco zero não existe nem aqui nem em outros locais. O que a gente faz é minimizá-los", pondera.

Revitalização

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Na última segunda-feira (8), quando a tragédia completou um mês, o governo estadual lançou o projeto Reviva Capitólio — Viva o Mar de Minas, com o objetivo de implantar medidas de segurança que fortaleçam a volta do turismo no local.

Na data foi anunciada a criação de um posto integrado de acolhimento ao turista, cujo objetivo será atender às necessidades básicas dos visitantes e transmitir informações a eles. O local terá componentes da PM, Marinha do Brasil, Polícia Civil, bombeiros e secretarias municipais.

Outra novidade é a doação de quatro viaturas para reforçar a segurança na região e um investimento de R$ 3 milhões para o desenvolvimento do projeto. Segundo o coronel, os policiais também terão treinamento em inglês e espanhol para atender os turistas.

Veja quem são as dez vítimas da tragédia de Capitólio (MG):

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